sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
New year's eve.
Véspera de ano novo, o que você prefere? Nostalgia triste por tudo nunca mais voltar ou a lembrança feliz e saudável com a alegria por ter vivido mais um ano? Hm, eu responderia: os dois, portanto, usarei os dois pontos de vista. O ano de dois mil e dez foi incrível. Não há como eu duvidar disso. Vivi o meu primeiro dia de aula do ensino médio, fui caloura e já estou deixando de ser. Construí e reconstruí amizades. Eu reforcei os laços das amizades que já tinha. Aprendi a amar mais, suportar mais. Eu vivi aventuras inimagináveis. É, aventuras. Eu ri horrores, fiz besteiras. Coisas engraçadas e trilhões de palhaçadas. Cresci. Comecei, recomecei e terminei. Consegui me enrolar em cordas bem apertadas e embaraçadas. Desenrolei um mistério que estava guardado em mim havia ano. Eu chutei. Eu bati. Eu finalizei tudo. E comecei tudo de novo. Eu gritei com o meu travesseiro inúmeras vezes e quantas vezes eu chorei com ele também. Incontáveis foram as vezes que eu pulei, comemorei e gritei com o vento. Cantei. Virei a melhor cantora que dormia no meu quarto. Agarrei o microfone, digo, escova de dentes e cantei muito ao som da minha mente. Eu surtei. Mitei e imitei. Escrevi textos, escrevi livros só com o recurso da minha mente. E lá se foram abraços, muitas lágrimas e beijos. Fui a festas e dancei além do muito. Dancei sozinha e com elas. Dancei pelo quarto, pelas festas... pelas ruas do Rio de Janeiro, dancei comigo e com as mais variadas pessoas só na minha mente. Aprendi a gostar mais de sombra e batom e me maquiei, ah! fiz muito isso. Pra sair e pra ficar em casa tirando fotos. Eu fui a melhor festa da minha vida e fui a pior. Coloquei uma bebada bem mais velha pra dormir e ri horrores ao lado da minha prima pequena que já cresceu e como cresceu. E ela é minha eterna companheira. Estudei, ah.. estudei, mas, não o suficiente. Me senti a melhor pessoa do mundo e a pior... tantas vezes. Mudei de rotina completamente. Acertei. Chorei por bons motivos e chorei por motivo nenhum. Aprendi a perdoar mais. Me decepcionei vezes e mais vezes. Me decepcionei com pessoas que amava muito, mas, já esperava. E perdoei e aprendi. Acabei com a briga que eu mesma criei comigo mesma e nem faz tanto tempo isso. Errei e errei de novo. Eu abracei meu pai, beijei a minha mãe. Babei meus irmãos com muitos beijos e abraços. Senti falta. Tanta falta. Tirei fotos... aquelas fotos! As mais bonitas e as mais horríveis. Andei de avião e conheci lugares novos, pessoas novas. Quantas pessoas! Conheci amigos que sei que serão amigos sempre. Conheci mais os que já tinha. Perdi o mais querido e aprendi a conviver com isso. Superei dores e curei feridas. Ganhei novas feridas. Entrei pra academia. Morri de preguiça. Sofri influencias e influenciei. Fui verde, fui azul... até cinza. Beijei. Me enganei com muitas pessoas, de uma forma boa e ruim. Venci pré-conceitos e fiz amigos incomuns... pessoas que nunca imaginaria. Abracei. Eu senti. Reaprendi. Joguei fora e comprei. Vi meu sangue tantas vezes, adoeci e melhorei. Estive aqui e estive lá também. Fiz 15 anos, os tão esperados 15.
Tantas coisas que jamais serão esquecidas. Pessoas que eu sinto irão comigo pra sempre, eu sinto que é só o começo. Vivi o primeiro ano de quatro anos que me aguardam ao lado de algumas pessoas. Completei mais um ano de amizade. Matei sentimentos e conheci novos.
Tudo isso não foi em vão... vivi as consequências e viverei ainda. Sem dúvidas amadureci. Sem dúvidas esse ano acabou. Tudo isso será guardado na pasta cujo nome é 2010. Acho que foi o melhor ano que vivi até agora e desejo que 2011 me surpreenda superando este. Quero lutar por ele. Quero lutar para que seja o melhor de todos os tempos. Quero merecer isso. Quero ter muito mais a agradecer, quero viver tanto! Quero mais aventuras, mais seriedade. Quero palhaçadas e muitos abraços. Só Deus sabe o que eu espero... não quero esperar demais, mas, desejo. É desejando que termino esse ano, já que falta menos de 1 hora pra me despedir de 2010 oficialmente e ainda não posso acreditar que já acabou. Tão rápido. Com certeza a última frase que escrevo nesse blog nesse ano será a frase que traduz o que esse ano foi pra mim: Novas experiências incluindo novas pessoas e novos lugares e é claro, novos aprendizados.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Letter for my worst love.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Marmitas, recreios e segredos.
Não irei gastar minhas palavras para descrever um sentimento que não deve ser descrito e sim sentido. Nossa amizade ultrapassou os limites de uma simples amizade de colégio e se tornou o que é hoje. Ela não mudou e acredito que saiba do que eu estou falando. Nós construímos algo que poucas pessoas são capazes. Direi a você a única frase que pode resumir todas as minhas palavras: Eu te amo.
Que outra coisa eu poderia dizer com tanta sinceridade? Quero deixar claro que não quero que nossa amizade se limite a palavras apenas, já que elas não são o suficiente. Quero demonstrar cada "Eu te amo" já dito, por meio das minhas atitudes. E por isso, espero que lembre-se que é por isso que estou aqui. Lembre-se de contar comigo, como já fez outras vez, para que eu tenha a oportunidade de lhe mostrar o significado desta frase. Acredito que só eu e você entendamos o quão intenso é o que nós construímos, já que ainda há pessoas que duvidam disso. Ah, que se danem. Eu te amo, melhor amiga. E enquanto minhas palavras forem válidas, eu repetirei isso. Inevitavelmente, é diferente agora do que era há um ano atrás quando ainda estávamos juntas todos os dias, mas, costumo dizer que "nada mudou" porque é assim que me sinto, pois, sempre quando a distância se mete no meio de dois amigos, uma hipótese que devemos considerar é que eles irão se separar mesmo que digam que não, mas, não foi isso que aconteceu. Porque ainda temos: Assunto, segredos e histórias. Sempre que possível temos: Abraços, sorrisos e risadas. Tudo como antes.
Porém, há uma coisa. Uma coisa que mudou nesse período foi que a minha admiração por você cresceu, por quem você é. O meu amor por você cresceu também, disso eu não duvido. Minha vontade de contar momentos e histórias. Descobri que podemos aprender muito juntas.
Gosto muito de como somos parecidas e diferentes, de um jeito equilibrado. De como podemos ficar sem discutir, sem brigar. Uma sempre respeitando a opinião da outra. De como minhas futilidades se tornam assuntos interessantes. Ah. Não quero ficar listando aqui. Eu iniciei este post, simplesmente para tentar esclarecer algo que é indescritível.
Depois de tudo já dito aqui, que ainda expressa pouco, acho que tenho que agradecer. Agradecer por você permitir que eu confie em você, que eu sinta que posso compartilhar aflições e futilidades. Muitas futilidades. Agradecer por me aguentar por dias, por horas, por ano. Por ter estado comigo mesmo podendo estar com muitas outras pessoas, por todos os recreios, conversas de msn, idas a minha escola e vice-versa. Por de um jeito simples, me fazer muito bem. Ainda irá fazer 2 anos que a vida nos apresentou, 2 anos que se parecem décadas, que aliás já estão próximos se se completar, mas, já tenho a total certeza de que desejo poder partilhar com você muitos momentos ainda.
Amiga, ah, como gosto de usar esta palavra. Obrigada. Obrigada por seu apoio, é sério. Obrigada por me ensinar tantas coisas, por me mostrar a sua visão do mundo e deixar que eu conheça os seus sonhos e permitir que eu torça por eles. Há tantas coisas que ainda podemos viver, né? Tantas já planejadas e outras tantas não planejadas, espero estar com você para vê-las. Creio que já te conheço bem, mesmo ainda tendo muito a conhecer, conheço a Jéssica que tem vontade de ser um monte de coisas no futuro. Que ama mesmo e não disfarça. Que é simpática com muitos e tem um instinto meio revolucionário. Que admira Chico Buarque e Forfun. Gosta de mpb e ri com a mão na boca. Que tenta não se importar com o que os outros irão falar, que sabe escrever muito bem, mesmo que não assuma. Que admira pessoas com história de vida. Que tem um abraço muito confortante. Flamenguista. Que conhece muita gente e sabe diferenciar grandes amizades de amizades temporárias (mesmo que eles não saibam.). Tem uma alma de artista, eu sei. Que, com toda a minha certeza, faz diferença na vida de muitas pessoas. E que é diferente, diferente do comum. Tem milhões de defeitos e milhões de qualidades.
Enfim, escrevo lhe essa carta para mostrá-la o que o meu coração carrega por você. Tenha certeza que não é só isso, ainda há muito mais a dizer, mas, devo guardar para outros momentos. Para que não se esqueça que eu te amo, mesmo que venham muitos amigos e podem vir muitos. Mesmo que não tenhamos fotos bonitas juntas, nem nos vejamos sempre, peço-te que não se esqueça disso. E lembrar-te o quanto nossa amizade é distinta e que eu sei que iremos tratar dela com cuidado, para que cresça muito.
Escritora, amiga e companheira. E é a melhor nisso.
P.s: Eu te amarei até o fim.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
O não-sentir.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Catavento. (Cap V - Só isso?)
Odeio ficar pensando sobre a minha vida e essas coisas, tudo isso só faz sentir-me mais inútil e frágil. Liguei pra Julie e pedi pra que me entretesse com algum assunto fútil que ela é tão capaz de criar.
- Ué, Pet não está aí? – Sorri maliciosamente.
- Não, Jul. Ele também não ligou hoje, não o culpo de querer fazer algo mais interessante do que ouvir como foi o meu dia em plena sexta a noite. – Continuei – Enfim, suas pertubações a parte, nos encontramos daqui a meia hora, ok?
Desliguei o telefone pra me certificar que não teria que ouvir mais nenhuma palavra dela sobre Peter, já não bastava a confusão que a minha mente fazia as vezes sobre ele? Afinal, não nos confundimos com nossos amigos, não é mesmo? Isso não é uma coisa normal de acontecer. Talvez por estar sensível e magoada. Ou por ele ser tão gentil, tão útil e… Nossa! tão lindo.
Peguei o meu vestido roxo dentro da caixa de algumas roupas que ainda não tive tempo de colocar no armário, corri para o banheiro e em alguns minutos já estava vestida. Sapatos pretos com detalhes em camurça, muito creme hidratante e muito rimel. Dentro de alguns instantes estava pronta e saindo de casa em direção a uma espécie de Pubs daqueles que a gente encontra em Londres e que nem parecia estar dentro de Nova York.
Julie ainda não estava lá, então resolvi sentar no bar para pegar uma mesa só quando ela chegar. Eu olhava para porta com alguma frequência esperando ver alguém conhecido, tentando não me sentir tão deslocada naquele lugar, já que fazia tanto tempo que eu não saia sozinha e estava tão insegura! Fechei os olhos e tentei consertar o rímel que parecia ter borrado e quando abro os olhos vejo um homem sentado bem na minha frente, tentei ajeitar a visão para identificar quem era. Era Peter! Nesse momento uma felicidade instantanea invadiu a minha barriga, os meus olhos… a mim. Não sei dizer se foi só por ser alguem conhecido ou porque não havia trocado palavras com ele as últimas 24hrs e o ver me deixou realmente feliz. Ah, não sei, só uma palavra para tudo isso: Confusão.
- Posso dizer oi ou você prefere ficar sozinha com os seus pensamentos? – Olhou diretamente em meus olhos e levantou a sombrancelha sorrindo ardentemente, tão atraente.
- Oi. – Foi só o que eu pude dizer e eu não sei porque.
Ele levantou e veio beijar a minha testa e seu peito ficou tão perto de mim que pude sentir o seu coração bater e bater. Quando sentou no banco fez o pedido de uma bebida e virou-se pra mim sorrindo.
- Estava com saudade. – Segurando minha mão direita com firmeza ele continuou – Eu realmente estava com saudade.
- Isso é tão estranho. – Eu disse.
- O que é estranho? Não posso sentir saudade de você? – Ele pausou. – Não entendo.
- Não, não é isso. – Eu voltei a olhar pra frente. – Estranho é como estamos ligados esses ultimos dias. – Continuei. – Só tenho que agradecer a você.
- Se você disser a palavra agradecer mais uma vez, eu juro que não faço mais nada. – Eu sorri junto com ele enquanto ele dizia isso com um tom de brincadeira e ele continuou – Nao é pra agradecer, eu faço isso porque gosto de você.
Eu realmente esperei um “Eu gosto de você porque você é minha amiga” mas não ouvi, e eu realmente não sei se era mesmo isso que eu queria ouvir. Ficar fitando aqueles olhos azuis penetrantes só fez me deixar mais confusa, mais cansada de pensar em o que eu estou sentindo. DROGA, EU NÃO CONSIGO SABER O QUE SINTO. Eu pensava isso enquanto analisava cada canto do seu rosto, eu estava tão perto que podia ver cada minúsculo resto de sua barba mal-feita e isso me constrangia, essa proximidade me fazia corar. Acredito que seja só uma gratidão imensa por tudo isso… ou não. É, é só isso.
Esse foi o momento em que Julie enconstou seus dedos nas minhas costas e fez com que eu me enrigecesse em um estalo e então virei-me pra ela e sorri com cara de quem estava fazendo algo errado. E eu não estava. Não é mesmo? Só estava olhando amigavelmente e sem motivos para um antigo amigo, só isso. Só isso?
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Dias não-escritos.
Esse é o momento que você analisa cada instante que passou dos seus últimos insípidos dias, procurando a solução, procurando em que diabos esconderam-se as cores das suas tardes.
Tudo bem, nem sempre tudo será tão bom, tão verde, tão agitado. Tudo bem. E você vai continuar vivendo, continuar olhando para as estrelas perguntando quando tudo vai se tornar mágico, você vai continuar sorrindo para a sua amiga e esperar um abraço. Você vai continuar falando com aquele/a garoto/a esperando que ele olhe pra você e diga que vai estar com você. Você vai continuar explodindo com a sua mãe sem motivo ou pode ser que isso não aconteça. Pode ser que tudo não se transforme de uma hora pra outra, pode ser que para que isso aconteça você tenha que respirar fundo seguidas vezes e parar de olhar paras estrelas e focar somente na lua, segurando pra não deixar que transborde dos seus olhos o que está enchendo o seu coração, a sua barriga ou até os seus pés... Suas lágrimas podem escorrer nas suas mãos que jogam tudo no chão durante uma crise, ou nos seus braços que se apertam sobre o seu peito, elas podem escorrer de diversos jeitos, com diversos jeitos, podem o faze-lo mesmo que seus olhos permaneçam secos. Por um tempo pode ser que tudo seja assim, mas, um dia, você verá que sorrir quando não quer pode valer a pena, muitas coisas podem valer. Você verá as coisas mudarem, as cores voltarem... só precisa acreditar.
"Quando tá escuro e ninguém te ouve quando chega a noite e você pode chorar. Há uma luz no túnel dos desesperados. Há um cais de porto pra quem precisa chegar. Eu tô na lanterna dos afogados, eu tô te esperando, vê se não vai demorar.
Uma noite longa pra uma vida curta, mas já não me importa basta poder te ajudar e são tantas marcas que já fazem parte do que eu sou agora,mas ainda sei me virar."
sábado, 23 de outubro de 2010
Catavento. (Cap IV - De volta a vida real.)
- Vai ficar aí me observando comer, ou vai me ajudar a levar isso pra cozinha, maluca? – Ele diz já de pé e com uma das mãos esticadas pra me ajudar a levantar e a outra com os nossos pratos sujos. – Ou! Tá me ouvindo? – Ele diz levantando as sobrancelhas de um modo que só ele sabe fazer, que desde que nos conhecemos eu batizei essa cara dele de: cara do pet. Original demais!
- Hã? Claro né! – Digo isso já chegando na cozinha e começando a lavar os pratos.
Enquanto lavo os pratos, o Pet fica sentado no balcão olhando pra mim com aqueles olhos azuis de vigia, não sei o que pensar, nunca corei com coisas que o Peter faz tantas vezes em um único dia. É estranho isso! Será que ele pensa em ir embora? Não que eu queira que ele fique, mas… é só uma duvida.
- Acho que vou indo né? Nos vemos amanhã, vizinha? – Ele diz isso já envolvendo os seus braços envolta de mim e soltando todos os seus sorrisos, vejo que ele deixa suas mãos descansarem em minha cintura. Será que ele esqueceu elas aí? Hm.
- Já vai então? – Em poucos passos estamos na sala, eu abro a porta e ele se vira pra sair, e eu permaneço com a porta aberta talvez esperando ele sair do meu campo de visão.
- Amb? – Ele se vira e continua – Só queria que você ficasse sabendo, que eu estou aqui. Não importa pra que, eu estou mesmo aqui. Pode me ligar qualquer hora dessas, se quiser compania ou sei lá – Ele sorri. – Consertar alguma coisa.
- Você sempre esteve. – Eu respondo o enchendo de olhares agradecidos.
- Não, agora eu estou mesmo aqui. Prontinho. – Ele vem na minha direção. – Pra qualquer coisa. – Depois de dizer isso ele me dá um beijo na bochecha bem rapido e desce as escadas chacoalhando os cabelos.
Acordei atrasada de novo, são 7:10 e eu preciso estar na Bells às 8hrs. Merda! Merda! Merda! Nunca me arrumei tão rápido, desço as escadas passando as mãos pelos cabelos lavados, tentando coloca-los no lugar certo. Ando pelas ruas apressada, sem ao menos observar a travessia das ruas.
- Amb! Ambeeeeer! - Ouço gritarem o meu nome, mas, não sei de onde vem esse som, já estou em frente a porta dourada da Bells e passo os olhos por todo meu campo de visão, pra ver se acho alguém. Até que vejo Mia. Mia era uma estagiária da Bells, que sempre me dava a impressão que estava me seguindo. O sonho da vida dela era ser jornalista de lá, como eu. Ela é uma menina desajeitada, sempre cheia de pastas nas mãos e sapatilhas nos pés, não posso dizer que se veste mal, mas... para ser uma jornalista da Bells, tem que ser tudo e mais um pouco. Só lhe desejo boa sorte.
- Trouxe fotos incríveis da Charllote Ryo, você vai adorar! Quer ver agora, ou... - Ela para, talvez pensando se eu estava mesmo a ouvindo, já que não parei e continuei entrando no prédio. - Tudo bem, Amber? Quer dizer... você tá meio... - Ela continua. - Tudo bem?
- Ah, depois conversamos melhor, vai pra sua mesa, que depois a gente se fala, tudo bem? - Tentei não ser grossa, mas, seus olhos cairam e eu me senti um pouco culpada por isso. Gritos interrompem meus pensamentos culpados, e eu me encolho na cadeira. Gritos a essa hora da manhã. Parece que alguém está de mal humor hoje. Bem, percebo que estou de volta a rotina de sempre... de volta a vida.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Catavento. (Cap III -
Sento me no meu-sofá-que-está-na-casa-nova e começo a olhar por todos os lados, contorcendo a cabeça pra ver se consigo achar uma explicação pra isso, até antes de eu dormir a casa estava vazia e agora tudo meu está aqui. Ouço a voz do Pet na sala e então vou até lá, ele já não está mais com a blusa cinza que estava antes, agora ele está sem ela e a carrega em seus ombros, ainda está com a mesma calça, então eu não posso ter dormido mais que algumas horas. Ele diz algo que eu não consigo ouvir para um senhor que está na porta do apartamento, um senhor com suor descendo no rosto e uma cara de quem não é simpático.
- OK, brigadão! – Ele diz fechando a porta e virando se pra mim. – Amb? não sabia que tinha acordado. – Ele deixa um sorriso imenso invadir o seu rosto suado, enquanto limpa o suor com a palma das mãos.
- É, mas… o quê? – Eu ainda estou sonolenta. – O que aconteceu? Como essas coisas vieram pra cá? – Meus olhos invadem os dele procurando alguma explicação. Será que ele trouxe tudo pra cá em seus próprios braços musculosos? Ah, improvável… ele tem musculos, mas, não tantos.
- Ah, isso? – Despara em rir. – Mágica. – Continua a rir, e me faz soltar um sorriso, só porque ele está sorrindo com uma cara cínica, como se esperasse que eu realmente acredite no que ele disse.
- Porque será que eu não desconfiei? – Falo tentando soar irônica, mas, eu sempre tenho a impressão que eu não sei ser irônica. – Tá, agora diz o que você fez!
- Então… – Ele diz enquanto vem na minha direção – Eu achei que você ia se estressar demais tentando colocar tudo no lugar, daí eu resolvi fazer isso pra você. - Agora ele usa os dedos para tirar um fio de cabelo meu que está grudado em minha testa, e deixa os seus dedos repousando nas minhas bochechas que agora estão corando.
- Obrigado. – Digo enquanto sento no tapete da sala, que está esticado impecávelmente. Que cuidadoso! – Você sabe que não precisava, eu poderia ter feito sozinha.
- É claro. – Ele diz isso cheio de sarcasmo, será que ele acha que eu sou tão inútil que não posso nem fazer uma mudança sozinha? pff! – Hmm, a Claire ligou e a Julie também, eu disse que estava tudo bem. – Ele lança seus olhos azuis para mim esperando que eu confirme que está tudo bem, eu balanço a cabeça confirmando, é, parece que tudo estava ficando melhor mesmo. – Achei estranho porque elas disseram que desde… o acontecido você não telefonou pra elas.
- É, eu tava tentando esclarecer as coisas na minha cabeça antes de esclarecer as coisas pra alguem. – Eu digo isso catando uma almofada que está perto de mim, e a abraço. – O que vamos fazer agora? acho que estou com fome.
- Que tal, comida indiana? – Ele solta um sorriso de eu-imaginei-que-você-estivesse-com-fome, é, ele tem esse sorriso, que estranho! – Vai chegar daqui a pouco.
- Comida indiana? – Começo a imaginar a comida, e minha boca se enche de água. – Claro! Claro!
- Posso tomar banho aqui? – Ele fala isso escondendo os lábios. – Se não se importa, é porque lá em casa está sem água quente e imagino que você não queira que eu morra de frio, nem nada. – E lá está ele sorrindo de novo.
- Não, tá tudo bem, pode ir. Eu realmente não quero o meu agente de mudanças morto por aí, né. Ao menos que eu tenha matado ele, aí tudo bem. – Falo séria, mas ele não responde. Apenas anda em direção ao banheiro, com uma troucha de roupas em mãos.
Começo a procurar meu celular freneticamente, não consigo me lembrar onde botei. Onde? onde? Parece não estar em lugar nenhum, eu preciso dele, preciso ligar pra Julie e logo depois pra Claire, tá, e pra minha mãe. Vou indo em direção a porta do banheiro pra ver se o Pet me responde.
- Pet, sabe onde eu coloquei o meu celular? – Eu falo esperando para que seja mais alto que a ducha do chuveiro. – PETER! PETER! Cadê a merda do meu celular? – Ele não responde, mas, ouço o chuveiro se calar. Ele abre a porta e vejo que ainda está de toalha, e molhado, mas, ele só abre um pouco da porta.
- O quê? – Ele diz com uma cara de confuso.
- O meu celular. – Eu digo sentindo o meu sangue ir para as minhas bochechas que estão corando, não sei porquê.
- Hm, já viu se tá no balcão da cozinha? – Ele sorri tentando ser simpático com a pessoa que atrapalhou o banho dele, e bate a porta.
É, está no balcão da cozinha, que esperta, não? Disco o número de Julie e espero na linha por um tempo, tenho a impressão que tocou 100 mil vezes e nada, aí desligo. Agora o número de Clarie.
- Am! Am! Como você está? – Ela diz, antes mesmo que eu possa dizer alô, ouço barulhos estranhos que é provavel que venham dos filhos dela. Ah, Clarie é a única das minhas amigas que é casada, daí sempre temos a impressão que ela não tem tempo para nós.
- Só liguei pra dizer que estou viva, amiga. – Respondo. – É que eu to esperando comida aqui e o Pet está no banho, daí não quero correr o risco de não ouvir e eu…
- O Pet? – Ela me interrompe, muito mal educadamente. – Ele está com você? – Ela sorri maldosa.
- Não. – Respondo rápido. – Quer dizer, está aqui, mas, não está comigo, entendeu? Ele tá só me ajudando com a casa nova e com tudo. Sabe como é?
- Não sei não. – Ela ri ainda. – Tudo bem, tudo bem. Vou desligar, não quero incomodar. – E desliga.
Ah, o que ela queria dizer com todas aquelas risadas? Argh! sempre ela mesmo. Sempre.
- A comida chegou. – O Pet diz invadindo a cozinha, com os cabelos negros muito molhados e ainda sem camisa, agora com uma outra calça. Seus musculos estão parecendo maiores, dever ser porque ainda há água neles. Nossa!
sábado, 18 de setembro de 2010
Catavento. (Cap II - Vida nova, casa nova.)
- Hm, Amber? – Ouço a voz do Peter do outro lado da linha, provavelmente ligou pra ver se eu ainda estou viva.
– Oi, Peter, fala. – Percebo que ele suspira como quem está aliviado por eu não ter cortado os meus pulsos ainda, de fato ele me conhece bem, pois, eu pensei nisso pela manhã enquanto ainda estava na cama, mas, era certo que eu não ia realmente fazê-lo.
– Então, imagino que você esteja precisando, você sabe, de um lugar pra morar.
– Sim sim, isso mesmo, o que é? sabe de algum lugar?
– Sei sim, Amber, aqui na minha rua tem um apartamento livre, acho que por enquanto seria bom pra você.
- Ah, claro, então irei passar aí para ver como que fica isso hoje mesmo, quero dizer, agora mesmo, estava mesmo saindo de casa.
– Tudo bem, já tomou café? que tal daqui a meia hora na Starbucks, Amb?
– Ok, até lá.
Assim que saio do elevador, sinto que os funcionários da recepção continuam me olhando, talvez pela cena que eu fiz ontem, que até agora eu não consigo acreditar que eu fiz mesmo aquilo, é, aquilo de correr que nem uma louca gritando, tento afastar os pensamentos constrangedores do fim da tarde de ontem. Na porta do hotel, observo a rua, vejo que tudo está como era antes, sabe? (antes é quando o Phillip ainda me amava), vejo que o fato dele ter me abandonado, não fez com que nada mudasse lá fora, acho que foi só aqui dentro, só aqui dentro que sinto tudo fora de ordem. Começo a andar em direção a Starbucks, que fica há umas duas quadras dali e vou observando as pessoas na rua, como se fizessem parte da minha família. Falando em família, penso em fazer uma visita a eles esses dias. Uma mulher com um bebê… um cara com pressa… outra mulher com um bebê… um casal… mais gente com pressa… um casal… um casal. Nossa, quantos casais! argh. Entro na cafeteria e vejo o Peter lá sentado no balcão, olhando para mim enquanto eu invado a porta, com seus olhos azuis quase me filmando e então eu sento ao seu lado e sorrio.
- Como você está, Amb? estava preocupado em como você ia ficar depois de tudo. – Ele diz tão rápido que parece vomitar palavras que já estavam martelando em sua mente há séculos.
– Tudo bem, eu acho. – eu tento sorrir, mas, eu sei que ele não acredita, afinal, estou falando do meu melhor amigo, e ele me conhece mais do que eu mesma. – Vai ficar tudo bem.
– Ah, o apartamento, já conversei com o proprietário, acho que você pode se mudar hoje mesmo, ele deixou a chave comigo.
– Ah, que noticia ótima. – Sorrio, de verdade dessa vez. – Vamos indo, eu quero ir lá ver. – Ele acente com a cabeça e levanta.
Carregando o meu Caramel Macchiato de sempre, que hoje estava estourando de tão quente, atravesso a porta da Starbucks com Peter vindo logo atrás de mim com o seu Brewed Coffee e sua jaqueta em suas mãos, hoje ele parecia estar mais arrumado do que o normal, uma blusa cinza e calças surradas que o deixam bem… interessante. Nós caminhamos aquelas quadras em silêncio, acredito que ele esteja com algum sentimento de pena, ou alguma coisa assim, algo tipo: “Tadinha, ela foi abandonada pelo amor da vida dela”. Ele abre a porta do prédio branco amarelado, e olha pra trás sorrindo, como se tivesse uma surpresa lá dentro, seus olhos azuis sorriam também e nesse momento eles invadiram os meus. Fui seguindo o Pete uns dois lances de escada, meus pés batiam fortes como quem tenta ter passos firmes, mas, era em vão. Por um momento pensei que fosse cair então coloquei minha mão dentro do bolso de trás da calça do Peter para me equilibrar.
- Ou, não precisa abusar de mim né? – Ele olha para trás e balança a cabeça de um jeito que faz seus cabelos negros, que ele nunca lembra de cortar, chacoalharem e sorri despreocupado.
- Ok, vou me conter, da próxima vez eu caio da escada. – Eu respondo, soltando uma risada. Então Peter vai abrindo a porta do que será a minha nova casa.
- Voilà – Ele diz fazendo biquinho e piscando. – Bem-vinda, vizinha. – Continua – Prometo trazer uma torta ou qualquer coisa dessas que os vizinhos trazem de boas vindas.
- Ah, não precisa, tenho medo dos seus dotes culinários, mon cher. – Solto uma gargalhada – mas, obrigada por isso, mesmo. Nem precisei procurar uma casa.
- Não agradeça, vamos ver o resto do ap. – Ele diz se aproximando de mim, me pegando pelo braço e me arrastando por todos os cômodos. – Vem, vem.
- Que animação, Pet! – Fico mais animada também e o sigo.
Peter passa a mão pela minha cintura e me carrega do banheiro até a cozinha, com suas mãos apertando com força o meu quadril. – Essa é a melhor parte! – Diz me colocando em cima do balcão que divide a cozinha e onde será minha sala de jantar. – Acho que o cara que morava aqui era cheff, por isso aplicou mais na cozinha.
- Eu vou adorar morar aqui, já estou me sentindo melhor. – Falo isso deitando no balcão vazio e respirando profundamente o ar da minha nova casa. Peter senta no balcão também e coloca suas mãos grandes em meu rosto. Espera, o que é isso? O QUE É ISSO? Eu levanto em um estalo e me ajeito pra ficar sentada ao seu lado. Sinto o meu rosto corar, minhas bochechas ardem.
- Calma, Amb. O que é? está com medo que eu faça algo com você? – Ele abaixa a cabeça – Só estava tentando ver você sorrindo, hoje pela manhã você parecia tão triste. Por causa daquele, aquele… – Ele levanta o rosto e se vira pra mim, deixando suas sobrancelhas ficarem franzidas. – Canalha que você ia se casar.
- Ia – Eu repito. – Ia – Recosto meu rosto nas minhas mãos, e olho ao redor do cômodo. – Minha casa. – Suspiro.
Quando fui ver, seus braços já estavam envoltos em mim, e a minha cabeça recostava em seu peito e foi quando eu apaguei.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Catavento. (Cap I - Corrida do adeus.)
Vejo que estão todos me olhando, de certo pensando em como eu era maluca ou o que me leva a correr (e gritar) por todo o térreo do Doubletree Metropolitan, desde o elevador até a porta do Hotel. Afundo o meu rosto em minhas mãos e finalmente estou pensando com calma no que acaba de acontecer, “Não temos mais nada para conversar, eu estou indo” “Pare, Amber! você vai superar!” “Não me siga, não, não temos mais nada pra falar”. As palavras parecem ecoar na minha mente, dançando de forma embaralhada e embaçada em minha cabeça, que está só dificultando que tudo pareça verdade. Tudo bem, ele foi embora, tudo bem pra mim, tudo bem. Ele está indo morar em algum lugar da cidade que não é a nossa cobertura na Lexington Avenue, talvez com outra pessoa, ele não disse. Na verdade, ele não disse nada além de “vou embora, amber” e algumas variações disso, não disse porquê ou por quem. Talvez me ache gorda demais para alguem tão bem sucedido, talvez eu tenha que arrumar um emprego melhor agora, não, espere, aonde eu vou morar? meu dinheiro é de longe suficiente pra pagar aqui. É isso mesmo, merda, aonde eu vou morar? Talvez durma no metrô durante um tempo e depois arrume um loft no Brooklyn pra morar, ah, qual é, a quem estou tentando enganar, definitivamente eu não vou dormir no metrô.
- Senhora, acho que o senhor que passou correndo aqui deixou um recado para a senhora lá na recepção. – Um homem de aparência jovem, diz interrompendo meus pensamentos desesperados.
– ah, tudo bem, obrigada. – Me levanto e vou cambaleando no salto que detona os meus pés a cada passo, parece que acabo de sair de uma caverna, sinto como se tudo doesse.
- Oi – digo para a moça que parece ocupada atrás do balcão. – Meu noivo, digo, ex noivo, hmm, deixou um recado para mim aqui, é… eu acho, tem como? é… – As palavras saem confusas depois que pronuncio a palavra ex noivo, tento me acalmar, meu coração ainda está agitado.
– Amber? – ela diz, direcionando os seus olhos negros para me analisar.
– Sim, eu mesma. – Sorrio, e ela entrega um papel rabiscado no que parece ser a letra de Phillip escrita com rapidez.
Amber,
P.s: Você pode ficar no hotel essa noite, mas, sinto que terá que procurar outro lugar em alguns dias.
Phillip.
Poucas lágrimas escorrem dos meus olhos, enquanto dobro o papel e enfio no bolso do jeans e sigo em direção ao elevador, os números sobem no painel 11,12,13… e a única frase que eu consigo pensar claramente é que tudo irá mudar a partir de agora.
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sábado, 14 de agosto de 2010
Olhos certos.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Não será de novo, mas será.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Girls.
Todas as mulheres, por incrivel que pareça, já foram uma adolescente, todas elas já disseram a si mesmas essa frase: “Ninguem do sexo masculino presta” e depois começaram a chorar. O que é claro que não é verdade. Todas nós tendemos a exagerar, exagerar muito, quando algo acaba com a minima noção de chão que nós tinhamos, acaba com a nossa segurança, e os garotos… ah, os garotos sabem exatamente como fazer isso.
Garotas tem sempre suas regras básicas para não sofrer. O que nenhuma delas assume é que… elas não dão certo. Garotas não devem chorar na frente deles, garotas devem fingir que não ligam, garotas devem ignorar seus sentimentos até o fim quando descobrem que ele está com outra. Mas, há sempre uma escolha, nós podemos ser boazinhas e seguir as regras em busca do sucesso esperado, ou simplesmente fazer o contrário sempre em busca do sucesso, é claro.
Garotas não resistem a um sorriso. Garotas prometem a si mesmas não chorar, mas assim que encontram com o travesseiro… chorar é a única coisa que se lembram de fazer. Garotas são fortes sempre, ou pelo menos fingem ser. Garotas quando estão sendo fortes por muito tempo chega uma hora em que entram em crise, crise normal de colocar tudo pra fora. Garotas precisam de uma melhor amiga, para não só as horas das crises, mas para todas as horas. Garotas não são desvendáveis, você não sabe como elas são, eu não sei como nós somos. Ninguem sabe.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Carpe diem
É quando você percebe que tudo passou rápido demais, e você viveu antecipadamente muitos momentos, deixou que o futuro ocupasse mais a sua cabeça do que o presente.
Então, para nós que aparentemente temos muitos anos pela frente, é essencial vivermos cada momento de cada vez, entre de cabeça pra fazer o que está no tempo de ser feito. Mas, não deixe jamais que o futuro seja esquecido, pois o que tem pra ser feito agora mudará completamente o que virá amanhã. Só viva mais o hoje do que o amanhã, e deixe que mais tarde, ah, mais tarde haverá muitas outras coisas para serem vividas.
p.s: "Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati. seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam, quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevis pem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida aetas: carpe diem quam minimum credula postero."
traduzindo:
"Não indagues muito: é cruel querer saber que fim nos reservaram os deuses; nem
Fiques consultando os números babilônios.
Pode ser que Júpiter te conceda muitos invernos,
Ou somente este último, como expressa agora
o mar tirreno ao bater nas rochas.
Sê sensato, bebe teu vinho e abrevia as longas esperanças,
Pois o tempo foge enquanto aqui falamos.
Colhe o instante, sem confiar no amanhã."
("Odes" do poeta romano Horácio)
CARPE DIEM!
domingo, 21 de março de 2010
Minha vida, simples.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Melhor/pior amiga.
Quando se tem uma melhor amiga pode falar o tempo todo, pode chorar, chorar, chorar que ela nunca se cansa de abraçar, pode ignorar os conselhos dela mesmo sabendo que ela está certa e por mais que os tenha ignorado, ela sempre te dá muitos conselhos de novo.
Uma melhor amiga não é uma coisa qualquer, ela é alguem que você confia e ama mais que tudo, ela não precisa de tempo nem de nada para se mostrar, ela só está lá sempre, você odeia ela toda hora, quando na verdade nunca deixou de ama-la.
Duas melhores amigas juntas são tudo e nada ao mesmo tempo, elas nunca abandonam, nunca esquecem, mesmo que as vezes não pareça.
Elas erram, sempre erram, erram toda hora. Mas, com elas você pode esquecer os erros e só viver, de vez enquando. Elas apoiam e xingam, fazem isso direto. Com elas você nunca precisa fingir, elas sempre sabem.
Mesmo com todas as coisas boas já ditas, não se esqueçam das ruins, e essas são tantas: elas podem ter ciumes demais, serem frias demais, serem grudentas demais, serem grossas e agressivas, elas podem te bater e te odiar, podem gritar com você e te achar uma pessoa muito idiota, podem estragar suas fotos e te deixar constrangida sempre. Elas são assim, as criaturas mais abomináveis que pode existir.
Assim, uma melhor amiga sempre será a pior amiga do mundo também, mas isso... isso a gente releva, afinal, uma melhor/pior amiga é tudo.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Meus olhos.
Tiram muitas fotos. Todo instante eles estão em flashs, zoom, close, o tempo todo. Tudo. As vezes eles entram em "replay" ficam me mostrando tudo o que já passou, fazem isso com muita frequencia. Momentos importantes eles gostam de sorrir também, como se fossem ser fotografados pelas lentes de um outro olho. Eles gravam todos os seus passos, eles gravam todos os sorrisos, todos os abraços.
Parecem também ter ouvidos, sim, ouvidos nos olhos, eles me mostram as palavras saindo, me mostram como foi dito. Eles muitas vezes ficam tristes, apontam ao mundo quando o meu coração dói, porque quando há dor eles não mais sorriem nem fotografam , apenas olham.
Neles há espelhos, há vida, há luz. Eles sentem. Sentem a falsidade de um sorriso, sentem exatamente como se deve sentir. Quando aquele dito "replay" vem, eles sentem exatamente o que foi sentido no momento visto, eles sentem o coração pular, o coração se envergonhar, eles sentem a dor também. Eles dão abraços e dão socos. É tão fácil ver dois olhos se abraçando, eles dizem um ao outro como queriam que o abraço envolvesse o corpo inteiro.Esse é o abraço real, não esses que se dá por ai por qualquer motivo, os abraços da alma são mostrados nos olhos, eles são invisíveis pra quem não tem capacidade de ver-los. O soco também não é dificil de ser visto, as pessoas fazem isso toda hora, mesmo que nada seja dito com os lábios, os olhos dizem tudo, agridem mais do que qualquer coisa.
As lágrimas não são tudo o que eles podem te mostrar, eles gritam segredos ao mundo inteiro só quem vê de verdade é que pode entender o que eles dizem, eles mostram amores e odios. Eles sabem de tudo antes mesmo de quem os tem. Uma coisa que merece ser lembrada é o cuidado que devemos ter com eles, devemos ser exatamente quem nós somos, para que os nossos olhos não digam ao mundo o quanto somos hipócritas.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
tentar?
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Vida real & coisa e tal.
Sempre tem algo que me pegue, algo que me faça pensar e comparar a vida mágica de um filme com a não-tão-mágica vida real e eu sempre me perco e falo a mim mesma: "essa é a vida real, acorde."
Então, por mais que eu queira por mais que eu sonhe, a minha vida sempre será a vida real, pode ser que quando a gente é criança, pelo menos na minha infância, tudo pareça mais mágico, mais bonito, sabe, tudo doa menos, seja tudo mais fácil de perdoar, mais simples, mas sempre tem o dia que a gente acorda, que a gente olha pra nós mesmos e percebemos que crescemos, sabe, e que agora chegou a hora de viver só.
Não se perder se preocupando com o que vão dizer, afinal, sorria essa é a sua vida! haha, e ela é linda, as oportunidades estão te esperando, esse é o seu filme, o seu show, é nela que você vai fazer as suas escolhas, errar, acertar, amar, você vai escolher os personagens e assim como nos filmes vai ser mágico, porque é mágico viver a vida real!
TAÍ UMA TRISTE VIDA REAL:
Todo mundo tem visto essa tragédia que aconteceu no Haiti. Sinceramente isso mexeu comigo e acho que deve ter mexido com todo mundo, ou pelo menos deveria. Tava pensando o quanto deve ser triste para os que perderam os seus parentes, pra quem está agora na miséria, sem água e sem comida. Estou pedindo pra que Deus ajude lá, e nós também devemos fazer a nossa parte e ajudar!