sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

New year's eve.



Véspera de ano novo, o que você prefere? Nostalgia triste por tudo nunca mais voltar ou a lembrança feliz e saudável com a alegria por ter vivido mais um ano? Hm, eu responderia: os dois, portanto, usarei os dois pontos de vista. O ano de dois mil e dez foi incrível. Não há como eu duvidar disso. Vivi o meu primeiro dia de aula do ensino médio, fui caloura e já estou deixando de ser. Construí e reconstruí amizades. Eu reforcei os laços das amizades que já tinha. Aprendi a amar mais, suportar mais. Eu vivi aventuras inimagináveis. É, aventuras. Eu ri horrores, fiz besteiras. Coisas engraçadas e trilhões de palhaçadas. Cresci. Comecei, recomecei e terminei. Consegui me enrolar em cordas bem apertadas e embaraçadas. Desenrolei um mistério que estava guardado em mim havia ano. Eu chutei. Eu bati. Eu finalizei tudo. E comecei tudo de novo. Eu gritei com o meu travesseiro inúmeras vezes e quantas vezes eu chorei com ele também. Incontáveis foram as vezes que eu pulei, comemorei e gritei com o vento. Cantei. Virei a melhor cantora que dormia no meu quarto. Agarrei o microfone, digo, escova de dentes e cantei muito ao som da minha mente. Eu surtei. Mitei e imitei. Escrevi textos, escrevi livros só com o recurso da minha mente. E lá se foram abraços, muitas lágrimas e beijos. Fui a festas e dancei além do muito. Dancei sozinha e com elas. Dancei pelo quarto, pelas festas... pelas ruas do Rio de Janeiro, dancei comigo e com as mais variadas pessoas só na minha mente. Aprendi a gostar mais de sombra e batom e me maquiei, ah! fiz muito isso. Pra sair e pra ficar em casa tirando fotos. Eu fui a melhor festa da minha vida e fui a pior. Coloquei uma bebada bem mais velha pra dormir e ri horrores ao lado da minha prima pequena que já cresceu e como cresceu. E ela é minha eterna companheira. Estudei, ah.. estudei, mas, não o suficiente. Me senti a melhor pessoa do mundo e a pior... tantas vezes. Mudei de rotina completamente. Acertei. Chorei por bons motivos e chorei por motivo nenhum. Aprendi a perdoar mais. Me decepcionei vezes e mais vezes. Me decepcionei com pessoas que amava muito, mas, já esperava. E perdoei e aprendi. Acabei com a briga que eu mesma criei comigo mesma e nem faz tanto tempo isso. Errei e errei de novo. Eu abracei meu pai, beijei a minha mãe. Babei meus irmãos com muitos beijos e abraços. Senti falta. Tanta falta. Tirei fotos... aquelas fotos! As mais bonitas e as mais horríveis. Andei de avião e conheci lugares novos, pessoas novas. Quantas pessoas! Conheci amigos que sei que serão amigos sempre. Conheci mais os que já tinha. Perdi o mais querido e aprendi a conviver com isso. Superei dores e curei feridas. Ganhei novas feridas. Entrei pra academia. Morri de preguiça. Sofri influencias e influenciei. Fui verde, fui azul... até cinza. Beijei. Me enganei com muitas pessoas, de uma forma boa e ruim. Venci pré-conceitos e fiz amigos incomuns... pessoas que nunca imaginaria. Abracei. Eu senti. Reaprendi. Joguei fora e comprei. Vi meu sangue tantas vezes, adoeci e melhorei. Estive aqui e estive lá também. Fiz 15 anos, os tão esperados 15.
Tantas coisas que jamais serão esquecidas. Pessoas que eu sinto irão comigo pra sempre, eu sinto que é só o começo. Vivi o primeiro ano de quatro anos que me aguardam ao lado de algumas pessoas. Completei mais um ano de amizade. Matei sentimentos e conheci novos. 
Tudo isso não foi em vão... vivi as consequências e viverei ainda. Sem dúvidas amadureci. Sem dúvidas esse ano acabou. Tudo isso será guardado na pasta cujo nome é 2010. Acho que foi o melhor ano que vivi até agora e desejo que 2011 me surpreenda superando este. Quero lutar por ele. Quero lutar para que seja o melhor de todos os tempos. Quero merecer isso. Quero ter muito mais a agradecer, quero viver tanto! Quero mais aventuras, mais seriedade. Quero palhaçadas e muitos abraços. Só Deus sabe o que eu espero... não quero esperar demais, mas, desejo. É desejando que termino esse ano, já que falta menos de 1 hora pra me despedir de 2010 oficialmente e ainda não posso acreditar que já acabou. Tão rápido. Com certeza a última frase que escrevo nesse blog nesse ano será a frase que traduz o que esse ano foi pra mim: Novas experiências incluindo novas pessoas e novos lugares e é claro, novos aprendizados.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Letter for my worst love.

Venho por meio desta, entregar-lhe minhas palavras e meu tempo com o único intuito de mostrar o que nunca pude, e alerto-te que esta será a última vez que o faço. Última vez que lhe escrevo. Quem sabe a última vez que permito afundar-me neste passado. E se Deus for generoso com as migalhas do meu coração, a última vez que mergulharei nesses sentimentos. As primeiras epístolas que a ti foram endereçadas jamais puderam chegar ao caminho dos olhos teus e não estou certa se essa foi a melhor das minhas escolhas. Porém, já me perdoei de tantas escolhas erradas porque esta seria a que me condenaria? 
Estou certa que essas palavras, como muitas outras, também não irão chegar a ti e isso não me aflige, não me perturba. Por muito tempo acreditei que eu tivera sido a errante de nossa conturbada história de "amor" - como me dói ligar essa palavra a você -, por muito tempo senti-me culpada e humilhada por ter estragado o que me parecia tão bom. Por muito tempo entreguei-lhe todos os pedaços do meu coração a ti, estive de joelhos tentando juntar tudo o que me restava de você. Olhei pra você com os olhos mais gentis, mais amáveis, mais ternos. Desejei um sorriso teu tanto quanto desejava que meus pés andassem. Me abracei a memórias tuas com todos os músculos das minhas pernas, braços e olhos. Com todos os destroços de coração. Por muitas vezes eu acreditei que pudesse voltar, pudesse olhar pra mim com aqueles olhos novamente. 
Enquanto isto fazia, eu ouvi cada causo seu, cada história sua, cada risada sua sem me importar de que você estivesse falando de outras mulheres, falando de outros sorrisos. Só o que me importava era o prazer de ouvir sua voz, de saber que confiava a mim os seus segredos. Me acorrentava a um sentimento imundo e tolo de saudade, deixava que ele tomasse conta do meu coração e acabasse com o resto da vida que ele tinha. Permitia que ele destruisse as minhas noites, fuzilasse a minha mente. O meu grito de dor só cessava quando ouvia a sua voz chamar por meu nome, quando sentia seu abraço e o seu beijo na testa. E a sensação de felicidade me comia, me tomava. Quando tudo isso acabava, era o fim de toda aquela falsa felicidade. Eu voltava a contorcer-me em mim mesma e os meus poros voltavam a suplicar para que você voltasse. Tudo isso ninguém via, ninguém ouvia os meus olhos gritarem o seu nome. Eu menti. Eu fingi. Os meus dias foram escuros e minhas noites foram claras. Eu pertencia somente a saudade durante a noite. Os meus dias andavam de camelo. E foi assim por minutos, por dias, por meses. Eu guardei cada segredo que me contou, e os guardo até hoje. Quando te ouvia dizer sobre as suas garotas, as suas futilidades, as suas encrencas e os seus erros era como um híbrido de felicidade e tristeza. Felicidade por contar comigo e tristeza por ver como você caía. Porém, quando já não estávamos mais juntos, quando você não estava mais lá, a tristeza me corroía. Porque sem a sua voz pra acalmar o meu coração, tudo o que eu pensava era que não era de mim que você falava.
No meio de tantos segredos, um dia um deles me sugou, me desestabilizou. Você havia ido longe demais, você estava prestes a acabar com a sua vida e a sua voz já não era capaz de me acalmar. Eu desmoronei. Eu me acorrentei ao chão para que não pudesse ir mais longe. Eu não podia ouvir isso e sorrir como antes fazia. Eu tinha que acabar com isso. Eu não podia colaborar para a sua queda. Então, foi nesse momento que tudo ficou claro. Não foi eu, foi você. A culpa não era toda minha de nada. A culpa era sua. Você me fez mal tantas vezes e tudo o que eu fiz foi procurar algo para acalmar a minha dor. Eu me prendi a você. E você não se importava. Eu fiz o que eu podia fazer, eu tentei ao máximo não te perder, mas, eu já tinha te perdido. Você ignorou, aliás, não tinha mais nada que você pudesse fazer, já que não me amava mais. Eu vi. Você não me amava, eu me enganei. Eu sempre soube, mas, pensei que pudesse restar em você alguma migalha "do que a gente viveu".
Eu vi que não vivemos nada, eu vivi. Eu vivi e você não. Estava tudo errado. Não existia nós fazia tempos, o que era na verdade era você e você em mim. Você precisou de mim e eu estava. Você não precisou de mim e eu estava. Eu precisei de você e você estava longe. Eu só precisei de você e era só você que não estava. Que injusto. Então, dessa vez eu não estive. Eu conheço o seu sorriso, conheço o seu olhar. E eles sempre me disseram que não me amava. Eu nunca acreditei neles. Até que ficou claro demais. Em resumo: eu te amei. Eu me iludi. Acreditei que tudo tinha sido bom e que fosse digno de se lembrar, mas, nada estava bom. Você não foi o melhor, foi o pior. Você tirou de mim o que de melhor eu tinha. A minha confiança, a minha coragem de arriscar. Você não foi bom pra mim. Eu me enganei. Desde o início eu me enganei. Eu tive medo de perder, mas, eu nunca te tive.
Agora pode parecer contraditório, mas, peço-te que não vá embora, não permita que eu sinta falta de sua presença. Fique, mas, arranque de mim as suas migalhas. Leve o teu vulto que me perturba. Eu já não preciso de você, mas, desejo que esteja por perto. Gosto muito de tudo em você, mas, já não desejo pra mim. Quero seu ombro, não mais a sua boca. Eu não quero levar comigo os restos seus. Peço que os carregue pra longe, eu já os lancei ao mar, mas, eles insistem em voltar. Ordene para que eles estacionem em uma ilha deserta, não permita que ninguém mais os toque, não permita que invadam a minha memória. Me libertei de ti, só resta libertar-me das lembranças. Aí estarei pronta. Estarei curada. Sem feridas e sem memória. Se é isso que desejas, o faça. É esse meu último pedido, meu último grito. Último.

Adeus.


"Oh, pedaço de mim. Oh, metade amputada de mim, leva o que há de ti que a saudade dói latejada é assim como uma fisgada no membro que já perdi." 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Marmitas, recreios e segredos.


Não irei gastar minhas palavras para descrever um sentimento que não deve ser descrito e sim sentido. Nossa amizade ultrapassou os limites de uma simples amizade de colégio e se tornou o que é hoje. Ela não mudou e acredito que saiba do que eu estou falando. Nós construímos algo que poucas pessoas são capazes. Direi a você a única frase que pode resumir todas as minhas palavras: Eu te amo.
Que outra coisa eu poderia dizer com tanta sinceridade? Quero deixar claro que não quero que nossa amizade se limite a palavras apenas, já que elas não são o suficiente. Quero demonstrar cada "Eu te amo" já dito, por meio das minhas atitudes. E por isso, espero que lembre-se que é por isso que estou aqui. Lembre-se de contar comigo, como já fez outras vez, para que eu tenha a oportunidade de lhe mostrar o significado desta frase. Acredito que só eu e você entendamos o quão intenso é o que nós construímos, já que ainda há pessoas que duvidam disso. Ah, que se danem. Eu te amo, melhor amiga. E enquanto minhas palavras forem válidas, eu repetirei isso. Inevitavelmente, é diferente agora do que era há um ano atrás quando ainda estávamos juntas todos os dias, mas, costumo dizer que "nada mudou" porque é assim que me sinto, pois, sempre quando a distância se mete no meio de dois amigos, uma hipótese que devemos considerar é que eles irão se separar mesmo que digam que não, mas, não foi isso que aconteceu. Porque ainda temos: Assunto, segredos e histórias. Sempre que possível temos: Abraços, sorrisos e risadas. Tudo como antes. 
Porém, há uma coisa. Uma coisa que mudou nesse período foi que a minha admiração por você cresceu, por quem você é. O meu amor por você cresceu também, disso eu não duvido. Minha vontade de contar momentos e histórias. Descobri que podemos aprender muito juntas. 
Gosto muito de como somos parecidas e diferentes, de um jeito equilibrado. De como podemos ficar sem discutir, sem brigar. Uma sempre respeitando a opinião da outra. De como minhas futilidades se tornam assuntos interessantes. Ah. Não quero ficar listando aqui. Eu iniciei este post, simplesmente para tentar esclarecer algo que é indescritível. 
Depois de tudo já dito aqui, que ainda expressa pouco, acho que tenho que agradecer. Agradecer por você permitir que eu confie em você, que eu sinta que posso compartilhar aflições e futilidades. Muitas futilidades. Agradecer por me aguentar por dias, por horas, por ano. Por ter estado comigo mesmo podendo estar com muitas outras pessoas, por todos os recreios, conversas de msn, idas a minha escola e vice-versa. Por de um jeito simples, me fazer muito bem. Ainda irá fazer 2 anos que a vida nos apresentou, 2 anos que se parecem décadas, que aliás já estão próximos se se completar, mas, já tenho a total certeza de que desejo poder partilhar com você muitos momentos ainda.
Amiga, ah, como gosto de usar esta palavra. Obrigada. Obrigada por seu apoio, é sério. Obrigada por me ensinar tantas coisas, por me mostrar a sua visão do mundo e deixar que eu conheça os seus sonhos e permitir que eu torça por eles. Há tantas coisas que ainda podemos viver, né? Tantas já planejadas e outras tantas não planejadas, espero estar com você para vê-las. Creio que já te conheço bem, mesmo ainda tendo muito a conhecer, conheço a Jéssica que tem vontade de ser um monte de coisas no futuro. Que ama mesmo e não disfarça. Que é simpática com muitos e tem um instinto meio revolucionário. Que admira Chico Buarque e Forfun. Gosta de mpb e ri com a mão na boca. Que tenta não se importar com o que os outros irão falar, que sabe escrever muito bem, mesmo que não assuma. Que admira pessoas com história de vida. Que tem um abraço muito confortante. Flamenguista. Que conhece muita gente e sabe diferenciar grandes amizades de amizades temporárias (mesmo que eles não saibam.). Tem uma alma de artista, eu sei. Que, com toda a minha certeza, faz diferença na vida de muitas pessoas. E que é diferente, diferente do comum. Tem milhões de defeitos e milhões de qualidades.
Enfim, escrevo lhe essa carta para mostrá-la o que o meu coração carrega por você. Tenha certeza que não é só isso, ainda há muito mais a dizer, mas, devo guardar para outros momentos. Para que não se esqueça que eu te amo, mesmo que venham muitos amigos e podem vir muitos. Mesmo que não tenhamos fotos bonitas juntas, nem nos vejamos sempre, peço-te que não se esqueça disso. E lembrar-te o quanto nossa amizade é distinta e que eu sei que iremos tratar dela com cuidado, para que cresça muito.
Escritora, amiga e companheira. E é a melhor nisso.
P.s: Eu te amarei até o fim.