quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Retrospectiva 2022 - Meu ano de ouro

 Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2023


Ah, 2022. Um ano cansativo, desafiador e extremamente doce. 2022 caminhou juntinho com o primeiro ano da nossa Cecília. Do mês 1 ao mês 12 vimos a evolução, certinho com os meses do ano, o que acho uma feliz coincidência. Quando nos despedimos de 2022, junto dizemos tchau a nossa bebêzinha de meses e partirmos pro desafio de ter uma bebê-criança de 1 ano.

De janeiro a 04 de agosto eu estive coladinha na Cecília, desfrutando da licença maternidade e passando com ela todos os momentos do dia. Foram os meses mais gostosos e desafiadores da minha vida, eu amei cada um dos dias e vivi intensamente mesmo as dores que eles trouxeram. Cuidar de um bebê sozinha é como mergulhar de cabeça todos os dias no mar de preocupação e incertezas, mas pela Graça de Cristo, Ele esteve comigo em cada diazinho não me deixando afundar nos meus próprios pensamentos e preocupações. O processo de retornar ao trabalho também foi um dos momentos mais intensos que vivi, como eu sofri e orei por isso. Meu desejo é sempre estar o mais perto possível da minha bebê, minha herança tão preciosa que Deus confiou. No entanto, meu desejo não foi compatível com a nossa situação familiar, então a melhor saída foi contar com o apoio amoroso de uma vovó dedicada e Cecília esteve durante a semana com os cuidados da sua super vovó quando mamãe estava fora.

O Iury se mostrou um pai presente e dedicado, em tudo me auxiliava no cuidado da nossa pinguinha, sempre tentando aliviar o que estivesse puxado pra mim. Mas logo nos meses iniciais ele voltou a trabalhar presencial, estando em casa apenas dois dias na semana. Com isso, ele chegava mais no momento do final da janta e conduzia todo o banho, eu seguia com o mamá, oração e berço pra nossa pequenininha.

Nós nos dedicamos muito para tentar estabelecer uma boa rotina de sono pra Cecília e com certeza essa foi uma peça chave da leveza do primeiro ano dela. Não a nossa dedicação, não o nosso mérito, mas a Deus que nos proporcionou a graça de vermos os frutos de uma educação de sono feita com muito esforço. Era app com controle de intervalo de mamadas, de sonecas, cálculos de janela de sono e uma verdadeira força-tarefa todas as vezes que precisava sair da rotina. Não nos arrependemos, com cerca de 2 meses e meio Cecília já começou a emendar longas horas de sono contínuo e, embora eu ainda tivesse que acordar de 3h em 3h por um tempo para tirar leite, era muito mais suave a condução do dia tendo tido uma noite minimamente descansada.

Sobre o leite, eu tive que me adaptar a uma rotina de ordenha diariamente no trabalho e também produzi um estoque no último mês em casa. Tudo isso pra manter o aleitamento materno da minha bebê, por alguns meses consegui também doar cerca de 1,5L para o banco de leite, uma benção.

No trabalho, tive uma reviravolta quando inicio de Novembro aconteceu a saída da Roberta como minha chefe e foi substituída pelo Marcos. Ao mesmo tempo que um desafio grande por ter que me adequar a novas expectativas, isso me proporcionou mais organização e dia fixo de homeoffice, facilitando a rotina com minha mãe e a Cecília: benção!

O mês de dezembro fechou doce com a comemoração do primeiro ano de vida da Pinzinha no dia 17 de dezembro (antecipado) em uma festinha tão alegre e deliciosa. Estivemos com nossos irmãos, amigos próximos e alguns familiares, oramos, rimos e brincamos muito. Cecília sempre com seu jeito de ser desenvolta e animada, aproveitou muito sua festinha. Com direito a sonequinha no colo do papai e brinquedos divertidos. 

Cecília deu seus primeiros passinhos por volta dos 11 meses, engatinhou aos 6 meses e desde o dia 1 não parou mais. Como podemos ver, esse ano se resumiu na vida dela, o acontecimento mais incrível que eu tive oportunidade de participar, verdadeiramente esse foi o nosso ano de ouro. Toda cólica dos primeiros 3 meses, noites difíceis eventuais e dores da distância são sempre sobrepujados pela graça e benção que observo hoje (agosto de 2023) que vivi nesses meses. Deus é bondoso comigo e conosco.

Finalizei esse texto muito atrasada porque simplesmente esqueci que ele existia e me lembrei há semanas atrás, mas acredito que embora resumido esse foi um relato fiel do que senti em 2022.

Soli Deo Gloria!



segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Relato de parto 26/12/2021 - Cecília

 Rio, 19 de janeiro de 2022


O relato de parto da Cecília, a história de quando conheci uma parte tão doce de mim


Cecília estava pélvica (sentada) desde as 32 semanas de gestação e com uma posição atípica da cabeça. Juntas começamos uma empreitada para ajudá-la a se posicionar de cabeça para baixo. Exercícios, acupuntura e duas tentativas de versão cefálica externa (uma manobra que o médico faz para modificar a posição do bebê) depois: ela seguia na mesmíssima posição. Na 36ª e 37ª semana fui começar a aceitar que talvez as coisas não seriam como eu havia planejado e estudado, chorei, conversei com a equipe e doula, marido junto nesse processo de aceitação do que viria. Somente 3% dos bebês seguem pélvicos até o dia do nascimento, não é?  Será que seríamos os sorteados? Essa incerteza foi a parte mais difícil de lidar dentro do processo, já não sentia mais medo da dor do parto, o medo era de não viver essa experiência como eu queria. 


Decidimos que atendendo aos requisitos necessários, seguiríamos para o parto vaginal pélvico. No entanto, a única profissional (uma das 5 do Rio) que assiste a esse tipo de parto na minha equipe viajaria vários dias entre nossa 38ª - 41ª semana. Mais uma vez, um convite pra entregar nas mãos de Deus. 

Orei, pedi a Ele que fizesse conforme sua vontade e lembrando que gostaria muito que fosse do meu jeito. Entreguei.

Consegui passar as últimas semanas aproveitando a barriga, fomos à praia mais de uma vez, a restaurantes e consegui me livrar do sentimento estranho que eu tinha toda vez que encostava na barriga e sentia a cabeça dela perto da minha costela. 


Depois de um dia de cinema e coração tranquilo, a bolsa rompeu as 22h do dia 25/12 (nascimento de Jesus 💛) com 40 semanas e 3 dias. Estava no sofá com a minha mãe terminando de assistir um documentário na Netflix e ploc! Não tinha dúvidas de que era a bolsa, já que tinha sido uma quantidade bem grande de líquido. Euforia, alegria, risada e muitos abraços e beijinhos. O medo foi embora, só sabia que iria conhecer minha filha nas próximas horas. Deus sempre presente.

As 23h as contrações não ritmadas começaram e a tarefa de dormir foi se tornando mais improvável, seguimos em contato com a equipe e a doula, ainda sem saber como seria nosso parto.

As 7h a doula chegou em nossa casa, as contrações pareciam começar a ritmar e depois espaçavam novamente. Tomei duas doses de shake de rícino para ajudar as contrações (a primeira não parou no estômago, estava muito enjoada todo o dia). Seguimos assim até por volta das 14h da tarde quando nos arrumamos pra maternidade pois precisávamos iniciar o antibiótico com 18h de bolsa rompida.

Durante todo o processo, eu seguia meio calada e introspectiva, tentando me conectar e pensando que cada contração já doia tanto, será que eu aguentaria ir até o final? Desviava esse pensamento com os olhos fechados aguardando a próxima. A verdade é que a incerteza do que aconteceria me deixava pensativa, por isso o silêncio e os olhos fechados.

No carro, as contrações milagrosamente espaçaram ainda mais e eu consegui descansar entre elas, apaguei. 

Chegamos na maternidade e na avaliação do toque estávamos com 3cm ainda e uma notícia: o pé dela estava vindo primeiro, significando que o bumbum não estava encaixado na pelve, o que é necessário para um parto vaginal pélvico seguro. Incerteza.

Esperamos chegar a médica que é apta pra esse tipo de parto (Patrícia Frankel) e aproveitamos pra nos dar mais 1h ou 2h pra ver se ela encaixaria, as contrações seguiam e eu cada minuto mais cansada e tentando lembrar que ela estava chegando.

Quando a Patrícia chegou (ela voltou de viagem a tempo!), nova avaliação e estávamos com cerca de 5cm de dilatação, mas dessa vez o pé dela estava de fato saindo pelo colo. Não teria como esperar mais. Certeza, teríamos que ir para uma cesária de emergência e bem indicada. Ouvi a notícia quase que de olhos fechados, eu não tava muito querendo ficar com eles abertos olhando o ambiente. Sentia muita necessidade de focar os pensamentos e viver cada momentinho. Nesse momento já estávamos no quarto e eu recebendo o antibiótico intravenoso.

Me preocupei se a fotógrafa chegaria, mas a Carol nossa doula já estava cuidando de tudo.

Parece que em minutos a equipe toda de aprontou e tudo se deu muito rápido, a anestesista logo veio conversar comigo pra explicar o procedimento, eu definitivamente não sabia o que esperar. 

O caminho até o centro cirúrgico foi frio e estranho. Sentia contrações e frio, estava coberta por um edredom verde. As paredes eram frias, Iury estava comigo enquanto todos da equipe se trocavam. Eu fechava os olhos e pensava que o ponto positivo é que eu pararia de sentir as dores das contrações em breve. É estranho estar passiva sendo conduzida pro encontro com a minha filha, mas confiei mesmo com medo: ela estava vindo, tinha que ser desse jeito.

Iury trocou de roupa logo e a equipe toda estava na sala, ele ficou do meu lado todo tempo e ganhei alguns beijinhos e carinhos enquanto fechava e abria os olhos nesse intervalo. A fotógrafa chegou bem quando iniciavam os procedimentos em mim.

Pra quem não sabe como é uma cesária humanizada, embora estivessem com um pouco de pressa, se preocuparam em me explicar o que aconteceria em cada etapa, minha playlist tocava e meu marido fez uma oração no meu ouvido. A enfermeira Mariana segurava uma mão minha e a doula a outra, meu marido ficava atrás próximo a minha cabeça se mostrando presente por ali. Eu não falei muito, mas fiquei de olhos abertos. Era tudo muito rápido.

Falei que a sensação da anestesia era esquisita, um formigamento, um frio, uma sensação ruim. Não gostei não, me sentir anestesiada me deixava me sentindo esquisita, aquela passividade angustiante. 

Em minutos me avisaram que ela estava prestes a nascer, era muito rápido. Vi a equipe com as mãos no campo para abaixá-lo e eu ver ela saindo, mas algo aconteceu e esse processo demorou mais que o esperado. Ouço alguma conversa sobre algo estar difícil, mais alguns segundos ou minutos (na minha mente foram horas), ouvi dizerem que não daria pra esperar pra cortar o cordão, entendi que ela tinha saído e tinha ido direto pra pediatra fazer algo. Não ouvi choro, coração gelado e ouço a voz da enfermeira no meu ouvido dizendo “tá tudo bem, tá bom? Ela logo vem pra cá, tá tudo bem”. Ouço tudo isso com o fundo musical “hallelujah! All I have is Christ (aleluia, tudo que eu tenho é Cristo)” tocando repetidamente ao fundo (acho que Iury ficou repetindo e só lembro dessa música da nossa playlist repetindo e repetindo).

Uma eternidade depois (talvez alguns segundos), ouço o choro, as lágrimas ensaiam sair enquanto o gelo do meu coração é substituído por uma paz. Ela logo veio pros meus braços e a primeira coisa que disse “você é tão perfeita, minha filha, te amo”, ficamos 1h juntas, ela aprendendo a mamar, eu tentando respirar e toda sensação estranha da anestesia eu esquecia. Meus braços tremiam e eu ficava repetindo pra Iury me ajudar a não deixá-la cair. 

A equipe toda veio aos poucos conversar, se despedir e falar palavras de afeto. Elas foram todas incríveis no cuidado em fazer desse momento especial e humano.


O parto não se desenrolou com o desfecho esperado quando a gente lê um relato de parto humanizado, aliás não foi o desfecho que eu desejava ou planejava, mas estou convicta que foi o que Deus quis e isso me traz paz.


Dia 26/12 as 18h23 eu renasci mãe, nossa família cresceu e Cecília chegou. 


Obstetras: Aline Portelinha, Patrícia Frankel

Enfermeira: Mariana Zukoff

Anestesista: Bárbara e Pediatra: Ana Lúcia Vivas

Fotografa: Anna Lira 

Doula: Carol Koplin (esteve comigo por pelo menos 12h até chegarmos novamente no quarto, ela foi essencial pra trazer segurança e calma pro processo)

Retrospectiva 2021

 Eu escrevi o texto abaixo em 02 de janeiro de 2022 e a verdade é que não teve retrospectiva de 2021 porque O grande acontecimento de 2021 engoliu toda minha memória e capacidade de descrever o ano. 2021 me balançou todinha e eu descobri muitas coisas sobre mim, o Senhor gerou uma vida no meu ventre e eu a cada dia fui me tornando mãe.

Em abril de 2021 eu descobri que seria mãe, em 25/07 eu descobri que seria mãe da Cecília. Não acho justo tentar registrar aqui 1 ano depois a retrospectiva, mas vou salvar aqui os textos que escrevi em 2021 para salva-los.

Rio, 02 de janeiro de 2022

Parece, pra mim, que 2021 começou no dia 25/12 quando a bolsa rompeu e então, vivi intensamente os últimos 5 dias do ano como se fossem uma vida inteira. 

No apagar das luzes de um ano bem complicado pra todo o mundo, ela nasceu e eu renasci. Que ano! Que intenso!

Hoje fazem exatos 7 dias que conheci aquelas coisas que a gente vive ouvindo que só entende quando é com a gente, aquelas que sempre achei que poderia imaginar, mas que de fato minha imaginação nem chegou perto.

Meu desejo é que o Senhor que conduziu todo o processo até aqui, segurou nossos corações e proveu mais do que merecemos continue nos dando capacidade de aproveitar cada um dos próximos dias com calma. Mal posso esperar pelas próximas fases, mas desejo que cada uma delas passe bem devagar e eu consiga viver o presente com muita calma porque o presente nunca foi tão lindo e tão precioso. 

Ao meu amor Iury agradeço por viver toda essa intensidade juntinho de mim. Que vida temos pela frente! 

E a música que fez trilha desse momento tão lindo no início da noite do dia 26/12/21 e que seja a trilha do nosso 2022:

“Father, use my ransomed life in any way You choose and let my song forever be my only boast is You”

Textos de 2021:

Rio, 06/06/21

Esse final de semana tive um sentimento estranho sobre você. Meu primeiro filho, minha primeira gestação, nossos últimos dias antes de todos saberem que você tá aqui: o que mais tem pra sentir que não seja estranho?

Tudo é estranho pra mim. Tudo é completamente novo e no meio disso me senti nocauteada por uma conexão intensa de nós dois.

Pela primeira vez, senti um amor superior, algo diferente do que minha imaginação poderia me trazer. A certeza de que eu morreria por você e de que a sua segurança e sua vida é mais importante do que a minha. A vontade de não viver num mundo onde algo ruim te aconteça e de, se tivesse escolha, não viver num mundo onde você não exista.

Quando o Senhor nos diz que os filhos são a nossa herança, ah, faz tão mais sentido pra mim agora. Uma herança tão preciosa e tão cara que eu preciso sair da minha zona egoísta e me entregar nessa tarefa.

Obrigada, eu digo ao meu Senhor, por essa herança e tão grande presente que eu certamente não mereço.

Filho, é tão mais confortável te guardar pra

mim, mas como não é possível, em breve mais e mais pessoas saberão sobre você, afinal, você vem pro mundo com um propósito e ele não é sobre mim. 

Que não seja sobre mim ou sobre nós, mas sempre sobre Ele. 


Rio, 17/08/21

21 semanas e 6 dias

Ontem vi seu rosto dentro de mim e confirmei seu nome: Cecília.

Filha, de alguma forma no mês de julho antes de saber que era você que estava vindo, eu sentia que seria. Eu sabia. 

Ao longo das últimas semanas, eu te contei pras pessoas e te descobri um pouquinho, mas o que acontece é que ninguém me contou sobre você. Ninguém me contou quem eu sou agora que tenho você. E parece que vou ter que descobrir sozinha.

Eu já te amo, embora saiba que tenho tão mais amor pra construir e te dar ainda.

Tenho sentido aquela vontade de te esconder de novo, de te deixar só entre nós e construir uma fortaleza pra você viver.

É tanta coisa que parece estar acontecendo aqui fora: uma pandemia, dois primos, pessoas e familiares que eu nao posso controlar. 

Não posso controlar o mundo que vai te receber e como ele vai fazer isso: Isso dói tanto em mim.

Não posso nem mesmo controlar bem a mãe que eu serei pra você: Isso dói tanto em mim.

Você desde o comecinho me ensina tanto sobre o que Deus quer me ensinar há tanto tempo. Não controlo, não tô pronta e não consigo sozinha.

Te amo. 

Com tudo tudo que eu tenho: Te amo. 


P.s: Você é a coisinha mais linda que já "fiz" na vida. 



Rio, 21/08/21


Nossa primeira praia de neném chutando na barriga, conversa boa e companhia maravilhosa. Ass. Papai 

Rio, 04/11/21

Mês que vem. Mês que vem você tá aqui.

Filha, tenho tanta coisa pra te falar e a mamãe  já se derrama de chorar, não consigo nem imaginar interagir com você aqui fora sem me derramar todinha de amor. 

Semana passada com 31s e 5d fizemos uma ultra e vimos que você ainda não estava na posição que esperávamos, foi um “baque” pra mamãe controladora aqui que queria que tudo estivesse pronto e perfeito pra você chegar.

Estou diariamente me forçando a lembrar de exercitar as atividades específicas, lembrar de confiar em Deus. 

Ah, como Ele te ama, minha filha. Ele conhece tudo que você faz e sente aqui dentro da barriga e tenho certeza que está planejado desde já o momento que vamos nos conhecer. As vezes esqueço disso, mas Ele me lembra… Lembra que o controle é dEle e não meu. 

Confio nEle e sigo fazendo o que posso pra você estar bem, ciente que só Ele guarda nosso futuro e presente. Pra sempre. 

(aliás, seu quartinho começou a ficar com cara especial. Seu pai e os tios Anne e Franklin pintaram, sua madrinha fez a arte e o papai começou a montar o berço pra você - mas ainda não acabou)

Ass. mamãe 


Rio, 04/11/21

Papai quer muito saber de que você gosta e de que não gosta, do que te faz rir e o que faz c (mamãe entrou na consulta e papai não terminou de escrecer)


Rio, 24/11/21

Oi, filha.

Mamãe escreve agora enquanto se prepara para irmos tentar te ajudar a fazer sua cambalhota. Vamos fazer um procedimento chamado VCE. Deus tem trabalhado profundamente no meu coração essas últimas semanas, me lembrando que não estamos no controle nem dessa e nem de nenhuma situação da nossa vida.

Sou profundamente grata a Ele porque você está crescendo saudável dentro de mim, independente de mim. Ele te ama, quer o nosso bem e escreveu a nossa história desde antes do mundo ser criado. Sua história também está nas mãos dEle e por isso, me tranquilizo por seja qual for o resultado que tivermos hoje.

Desde o começo esteve conosco e não nos deixa sozinhas hoje, Ele nos envolve e nos leva com amor e confio profundamente que o que Ele quer é sempre o melhor cenário pra nós.

Confie sempre que Ele é o autor da nossa vida e tem cuidado de cada detalhe. Ele nunca te deixa, nunca nos abandona e nos carrega em seus braços 

Te amo sempre,

Mamãe 

““Ah! Soberano Senhor, tu fizeste os céus e a terra pelo teu grande poder e por teu braço estendido. Nada é difícil demais para ti.”

‭‭Jeremias‬ ‭32:17‬ ‭

Esperando pra fazer a manobra, não deixaram subir com acompanhante. Então, ficamos nós e Jesus aguardando pro procedimento. É bom ter alguém que nunca me deixa sozinha. Nunca. E esse é o melhor amigo que nós temos, afinal, quem pode ser melhor amigo que o Senhor? 

Rio, 29-12-21

Os erros começam a vir. A ficha começa a cair e você só tem 3 dias de vida. Como Cristo que ressuscita ao terceiro dia, eu mãe recém nascida, já ressuscito naqueles minutos (ou segundos) que te faltaram ar. 

Agora choro enquanto amamento pensando qual milagre será quando eu conseguirei deixar minha mente desligar e dormir. Acho que nenhum dia num futuro próximo poderei fazer isso de fato, se não fosse a certeza que tudo que acontece é feito por Deus, Ele é quem coordena minha vida, o ar que passa nos meus e nos seus pulmões e foi Ele que nos formou. 

Eu, que também já fui miudinha como você, fui formada por Ele, sou amada por Ele. Ele me fez sua filha e me ama. Ah, Ele também te ama, mas isso quase não precisa-se dizer: quem não ama Cecília?

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

2020: O texto 51 - Retrospectiva de fim de ano

 












Pela primeira vez chego pra uma retrospectiva de fim de ano (12 de janeiro, na verdade) já tendo escrito algo sobre o ano anteriormente. Em Agosto eu comecei a retrospectiva de 2020 entendendo que um só texto não era suficiente pra esse ano. Escrevi em Agosto acreditando que de alguma forma o isolamento social e a COVID-19 estariam chegando ao fim, o que ainda não aconteceu, mas já já falarei disso.

A última postagem descreveu o ano até minhas férias em Agosto, então vou partir daí. Quando entramos de férias, nos dedicamos um pouco a montas os móveis novos da casa (atualizamos o "escritório" e a cozinha), para isso contamos com ajuda dos nossos amigos Maydete e aproveitamos pra discutir e testar os produtos que pensamos para abrir o negócio de sabonetes artesanais (spoiler: desde então estamos mais parados do que nunca nisso). Antes disso, tiramos alguns dias para ir para um Airbnb em Visconde de Mauá e foi TÃO bom. Suki também diria o mesmo, se divertiu e correu como nunca antes. 

Se eu me conhecesse antes da minha lua de mel me diria que não era pra me importar tanto com isso, já que tudo só tende a ficar melhor conforme os anos de casamento vão passando e as viagens ficam ainda mais interessantes e deliciosas de aproveitar juntos.

Desde que voltei de férias, eu fui me encontrando cada vez mais desmotivada para cuidar da alimentação e fazer exercícios e nisso o meu peso, minha perfomance e minha composição corporal foram acompanhando. Até agora não consegui superar 100% isso e ainda estou bem frustrada com o tanto que retrocedi de Agosto até agora. Ainda assim, em 11/Outubro consegui completar os famosos 21km de corrida esse ano, foram 13km com Iury ao meu lado e 8km com o Fabricio. Foi incrível, mas a sensação de frustração no final foi mantida porque sabia que não estava na minha maior dedicação e meu corpo não estava como eu queria, afetando a performance (fiz um tempo de 7min e pouco e sempre esperei que fosse conseguir em um tempo menor). Isso é algo que estou inclusive tratando porque é fruto do meu excesso de cobrança por excelência.

Em setembro, ainda não estava bem, me sentia muito ansiosa e ainda bem afetada pelo que aconteceu no casamento do Daniel e me sentindo pra baixo. Logo no início do mês celebramos o casamento do Huganita que foi de uma forma bem diferente, seguindo os protocolos da pandemia. Foi um grande aprendizado acompanhar de perto todo preparativo para esse dia de perto junto com a Anita, aprendi muito de Deus por meio do que Deus fez na vida deles. Ainda indecisa e triste por não poder comemorar meu aniversário como gostaria. De toda forma, consegui chamar alguns amigos pra nossa casa (May, Camis, Didi e Felipe, Huganita - Frankanne chegaram no fim pra dormir). Foi um bom momento entre amigos e o único ponto negativo foi que esquecemos de orar e isso me deixou triste. Tentei comprar o bolos e doces veganos e não foi uma boa pedida porque não estava tão gostoso e isso também me deixou triste. Uma sensação estranha de completar os 25 anos, bem estranha. Sempre foi uma idade que queria chegar, um dos "marcos" dos meus múltiplos de 5, mas chegaram de um jeito diferente do que eu imaginava. No dia 26 mesmo fomos para o Novotel como um presente do meu pai e ficamos em família, almoçamos juntos e passamos o dia juntos. A noite Iury me fez uma surpresa muito especial me levando ao Sushi das Artes e eu realmente gostei da experiência e do cuidado que ele teve ao escolher o local. Veja se não é delicioso fazer aniversário com o amor da nossa vida cuidando de nós.

Iniciando Outubro, fomos pra SJC comemorar o aniversário da Nathalia com ela e Ingrid, irmão, cunhada e Felipe também foram. Foi um momento agradável, embora tenha me sentido deslocada e ainda muito ansiosa e precisando tratar muitos sentimentos, pensamento acelerado e sem conseguir relaxar o coração. Tirei meu day-off na primeira semana do mês e fui com a Anita no Heaven Cocina, um restaurante que queria muito conhecer, mas senti que só consegui falar sobre como tava me sentindo mal e não aproveitei o momento. Neste mês aconteceu a meia maratona que já descrevi, chá de lingerie da Larissa (foi um momento bem divertido por mais que eu estivesse muito receosa de ir!) e aniversário do meu pai aqui em casa em que demos um smartwatch pra ele (foi um momento agradável).

Logo no início de Novembro comecei a terapia porque minha mente estava absurdamente bagunçada e eu sentia um desânimo forte. Este também foi o primeiro mês sem a minha amiga Jéssica trabalhando ao meu lado e o trabalho começou a pegar mais intensamente. Nesse mês ganhamos um prêmio chamado President Award com um prêmio considerável, o que foi uma conquista notável. Ainda sobre trabalho, recebi feedbacks muito positivos ao longo deste mês, mas o meu desânimo intenso não me dava forças para me alegrar com qualquer notícia.

Ainda no final de Novembro, fomos ao casamento da Larissa e participamos da formatura do Gil e nos despedimos deles para irem pra Rio Grande. A formatura do Gil foi um momento agradável em família, pois consegui observar o quanto todos estavam felizes, me alegrando também. Como já era fim do mês, as poucas sessões de terapia já começavam a me ajudar a ver o quanto eu desejava aproveitar e viver a vida e o quanto eu queria sair do desânimo intenso que estava vivendo. Só de visualizar isso e procurar organizar minha mente, já era visível a evolução. Com a saída de Gil e Carla do Rio, fico triste por saber que poderiamos ter aproveitado mais a companhia nos anos que estivemos na mesma cidade, mas grata a Deus por eles terem tido essa oportunidade. Comemoramos no dia 30/11 nossos 5 anos de namoro e fomos novamente ao Sushi das Artes. Quem diria que foram só 5 anos, né? Parece uma vida inteira.

E assim, finalmente, chegou dezembro. Dezembro chegou com a notícia de que eu havia sido promovida para especialista pleno, finalmente. Eu havia sido notificada ainda em novembro, então consegui organizar a mente que estava aflita antes da notícia de fato chegar (obrigada, terapia!). Quando a notícia veio, meu coração já estava pronto pra se encher de alegria. Ainda em Dezembro, passamos um tempo com amigos em comemoração do aniversário da Camis e foi agradável. No fim do mês, após dias pesados de trabalho, saí de férias "finalmente" e a partir do dia 21 comecei a relaxar.

Nos dias antes e no Natal recebi Daniel e meus pais por alguns dias e Deus me concedeu a graça de aprender a me calar, a descansar meu coração nEle e buscar ser sábia. Estivemos conectados ou tentando nos conectar com o Senhor todos os dias que estivemos juntos e meu coração descansa na certeza que só o Senhor é capaz de transformar as mentes e convencer do pecado. Fomos ao Nolita, comemos muito e aproveitamos em família os dias chuvosos que tivemos. O natal mesmo foi na casa da tia Punera com Daiana e família, foi um momento em que tivemos estar atentos para os cuidados em relação a pandemia, mas pudemos aproveitar juntos. Dias antes do natal consegui cortar quase todo o cabelo que estava me pesando mil quilos e ainda fiz a doação de cabelo que sempre quis.

Por fim, no dia 31 de dezembro decidimos fazer um churrasco para ironicamente fechar o ano que menos comemos carne na vida (é pra rir desse casal, não?). Realmente me senti bem esse dia, fizemos bastante coisa, quase colocamos fogo na casa, jogamos diversos jogos, terminamos de assistir Gambito da Rainha, namoramos e conversamos até quase 4h da manhã e na companhia de só nós dois: tão bom.

No primeiro dia do ano fomos para os meus pais, almoçamos e jogamos dominó. Amo esses momentos simples com eles e tenho certeza que eles precisarão mais de nós esse ano e por isso, espero que aconteçam muitas vezes. Os dias que se seguiram passamos aproveitando juntos, Iury logo voltou a trabalhar e eu usei a primeira semana do ano para estar com amigas (Marcelli e Camilla) e ir a praia que é no nosso quintal e devido a pandemia quase não usamos. E agora, pra fechar, no último final de semana fomos passar um dia em um hotel com meus pais e Suki. Foi um tempo tão agradável e eu e Iury fomos agraciados com a nossa primeira vez em uma suíte master, tivemos uma hidromassagem pela primeira vez e por mais que eu nunca tenha gostado de banheira, aproveitamos muito e nos divertimos juntos. Queriamos aproveitar tanto que até acordamos cedo para ir a academia, creio que chegamos nesse estágio da vida que paramos de querer dormir em viagens.

Em resumo, este foi definitivamente o ano em que estive mais perto do meu Senhor individualmente, mas em casal também (dezembro começamos a nutrir o hábito de nos reunirmos pra fazer um devocional conduzido pelo July todo dia e tem sido abençoador vê-lo cuidando da nossa família desse jeito e podermos orar juntos). Louvo a Deus pelos dias que nos concedeu, pelo cuidado sem fim e por sua Palavra que fala tão intensamente quando queremos ouvir. Louvo a Deus pelo desejo de transmitir isso para outros, mesmo que meu imenso pecado me paralise e enfraqueça quase sempre.

Para 2021 quero estabelecer o tema "confiança", quero confiar mais na soberania do Senhor e entregar todas as minhas preocupações para Ele, confiar verdadeiramente no que não posso ver. Quero confiar no meu marido e estar pronta pra depender dEle, mesmo quando meu pecado quer que eu me ache superior em completar uma tarefa. Quero viver e ser quem Deus quer que eu seja, pra Ele e por consequência pra todos os que amo.

"Meus ossos não estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir." Salmos 139: 15 - 16



terça-feira, 4 de agosto de 2020

2020 merece 50 textos: Retrospectiva em Quarentena






Eu tenho plena certeza de que ninguém, além do Soberano, imaginaria como seria 2020. Muito menos eu quando escrevi o texto abaixo cheia de expectativa pelo ano que viria. A primeira circunstância que fez toda diferença nos acontecimentos desse ano foi a Pandemia de Covid-19. Tudo começou com uma pessoa infectada lá na China pelo Coronavírus, um vírus que aparentemente veio dos morcegos. Devido a isso, boa parte do mundo adotou o isolamento social como estratégia para passar por isso com o mínimo de mortes possível. Assim, dia 17 de março de 2020 eu entrei em homeoffice e aqui estou até agora (139 dias e contando) no que chamamos de quarentena. Iury está comigo desde o dia 18 e desde então somos nós dois nos organizando e crescendo nesse sentido.
Esse ano adotamos nossa "pilha" Suki (ou Puc, para os íntimos) que chegou através do Daniel depois de ter sido resgatada na casa da mãe da Jey. Eles dois ficaram conosco parte do mês de janeiro até o final do mês, quando se mudaram pra Corumbá por conta da transferência que Daniel teve na Marinha. O tempo que tivemos juntos foi escasso, mas bem aproveitado e contamos com a presença também da nossa sobrinha Luna. 

Fevereiro também foi recheado de acontecimentos marcantes em que além de recebermos nossos amigos Maydete um dia aqui no Carnaval e termos várias ideias de negócios (será que sai?), nós também fizemos a cirurgia de correção de grau (13/02) e ficamos em casa 10 dias para recuperação. Então, 2020 foi o ano que paramos de usar óculos e estamos experimentando pela primeira vez a visão em HD, infelizmente não teve tanta praia para testarmos a ida e volta do mar sem se perder na areia, mas com certeza foi uma mudança marcante para quem usa óculos desde a infância.

Parece que a cada dia minha memória fica pior, então, estou procurando aumentar a quantidade de textos de retrospectiva e vou implementar também os vídeos e outros recursos que me ajudem a ter histórias para contar pros meus filhos. Esse ano de fato teve MUITO. Muito tempo em casa, muito aprendizado com o cuidado da casa e desenvolvimento do relacionamento com Deus e marido.

Logo no inicio da quarentena iniciei uma leitura bíblica e oração através do calendário das Benditas, além de nos reunirmos semanalmente (sábado, 20h) para falarmos da leitura semanal entre mulheres, no grupo Bela Teologia. Esse foi um grande diferencial nesse tempo de quarentena porque foi um instrumento para que os dias fossem vividos mais próximos de Cristo, onde a cada dia eu tive a oportunidade de aprender mais dele e senti-lo a me guiar.

A experiência de trabalhar de homeoffice e toda a liberdade relacionada a isso me fez bem. Descobri que é realmente desse jeito que gostaria de trabalhar durante a vida, com o máximo de tempo dedicado a minha casa. Alguns dias a organização se perde e acabo me dedicando mais a casa do que ao trabalho (e gosto disso!) e outros o "dever chama" suficientemente para não me deixar parar.

Em Março, acreditávamos que essa quarentena duraria no máximo um mês ou dois. Agora, cá estamos nós caminhando para o QUINTO mês. Toda vez que falo isso, me surpreendo. Por enquanto, ainda não temos previsão para retornar aos escritórios, eu por ser grupo de risco e Iury pela empresa provavelmente estar curtindo o regime de Homeoffice. Eu iria aguardar o retorno a "vida normal" para escrever esse texto sinalizando o fim da experiência de isolamento, mas como as coisas estão caminhando para sempre se estenderem, preferi vir aqui agora que estamos oficialmente caminhando para a segunda metade do ano. Na semana antes do inicio da quarentena foi quando fomos ao nutricionista John pela primeira vez e isso com certeza nos ajudou a desenvolver mais cuidado com a nossa alimentação ao longo dos dias em casa.

Em Abril, fizemos aniversário de casamento com direito a surpresa em casa, encontro marcado no quarto com comidinhas do Paris 6. Uma comemoração em circustância atípica, mas que foi muito bem aproveitada. 

Eu comecei de fato a ir no mercado com Iury por volta de fim de Abril e inicio de Maio, quando vimos que seria necessário se expor mais cedo ou mais tarde e no final otimizariamos as compras que estavam sendo muito demoradas.

Em Junho, consolidamos que nossa esperada viagem a NYC que aconteceria esse ano não poderia acontecer, seguimos trabalhando intensamente e até recebi um mérito ($$) no trabalho. Não recordo bem, mas acredito que tenha sido em Junho que começamos a receber meus pais aqui em casa cerca de 1x ao mês, mas até hoje sem abraços e beijos, além do cuidado com as máscaras. Essa definitivamente tem sido a parte mais difícil. Quanto ao trabalho, comecei a fazer coach com o Paulo Alvarez e a ser mentoriada pela Marcia Gomes, duas experiências que nem de longe esperaria que acontecesse esse ano. Por enquanto, estamos no inicio e acredito que no próximo texto terei mais impressões sobre o assunto.

Julho talvez tenha sido o mês mais dificil em questão de convivência em casa. Na verdade, por graça divina temos convivido muito bem e aprendido muito nesse tempo juntos. No entanto, em Julho foi quando alguns conflitos começaram junto com semanas intensas de trabalho se estendendo para fora do horário. Pra mim, o trabalho tem sido altos e baixos de dias cheios e dias tranquilos, literalmente um 8 ou 80, poucos foram os dias "equilibrados" nessa história toda. Boa parte desse excesso de trabalho pra mim foi devido ao projeto com PowerBI que desenvolvi esse ano, após conhecer o programa pela Mayara em fevereiro. Mas Julho também trouxe uma surpresa muito legal, começando com o Gru tendo "quebrado" no fim de junho quando tentamos sair de casa para comprar terra e ir ao shopping e acabamos que voltar de reboque. Assim, aproveitamos a oportunidade pra receber um presente bem legal dos meus sogros: um carrinho novinho - Kwid 2019 zen cor branco marfim. Agora, estamos com o Dru (e o Gru, que ainda não foi vendido) e amando a experiência de dirigir com mais leveza e ter a oportunidade de viajar.

Não me lembro bem em que momento, mas acredito que tenha sido no início da quarentena em que decidimos comprar um MOP e um aspirador: esses foram grandes companheiros esses dias. Me esforcei para organizar uma rotina de cuidado da casa que nos proporcionasse bem estar e que conseguissemos nos alimentar de forma saudável. O resultado foi bem positivo e o engraçado é que nos adaptamos tão bem a essa nova rotina que toda vez que lembramos que em algum momento precisaremos voltar a trabalhar bate um pesar no coração.
Com ajuda do método FlyLady e dos trocentos instagrans de casa-família-Deus que eu comecei a seguir, aprendi a estabelecer bem os dias para cozinhar e cuidar da casa de forma que na maioria das vezes não seja tão pesado assim.

Quanto aos treinos, não houve a maratona em junho (obviamente) e agora a previsão é outubro. O máximo de distância que fiz até agora foi 12km e o receio é se será possível completar os 21km em outubro sendo que só estou saindo pra correr 1x na semana (nos finais de semana). Pois bem, não sabemos, mas veremos. Perdi uns 30'' de pace por ter ficado parada e ainda sem previsão de recuperar.

Nesse meio tempo também decidimos evitar o consumo de alimentos de origem animal e foi mais ou menos no inicio de junho (04/06). Desde então aprendemos a cozinhar grão de bico, lentilha e o universo dos hamburgueres vegetais, mas até agora não decidimos uma boa receita para leite vegetal. Essa é uma mudança que gostaria muito de manter pós quarentena e inclusive alteramos nosso plano alimentar há 2 semanas já adequando para esse propósito. Os motivos hoje para termos tomado essa decisão foram: saúde - diminuir o consumo de alimentos inflamatórios e todos os demais efeitos negativos que podem surgir com o consumo de leite e afins, causa animal - a forma como o consumo de animais é conduzido pela industria pecuária é cruel e nos leva a cada vez mais o consumirmos como alimentos e ambiental - essa mesma indústria também é responsável por muito desmatamento e poluição. Por enquanto ainda comemos queijo e ovo nas refeições livres (em alguma preparação).

Então, o cenário atual é que estamos começando a rever nossos amigos, mesmo ainda trabalhando em homeoffice, e há 2 dias atrás fomos a casa de Frankanne e tivemos um ótimo momento comendo nhoque e um bolo MARAVILHOSO. Nos próximos dias veremos Huganita depois de todo esse tempo e também teremos mais um tempo com Maydete, aliás, estamos com ideias de começar negócios com eles como parceiros. Semana que vem estão agendadas as nossas FÉRIAS, onde poderemos finalmente descansar e espero que sair um pouco de casa. Alugamos um airbnb em Visconde de Mauá onde sempre quisemos conhecer e essa será a primeira viagem da Suki e do Dru. Estamos muito animados!! Recentemente também tivemos uma notícia ruim em relação ao relacionamento do meu irmão Daniel com Deus e a sua família, então foram dias bem intensos de oração e preocupação nesse sentido. Além disso, meu pai também vem tendo dias em que se sente mal e foi diagnosticado com angina e atrose, ainda não sabemos ao certo o desenrolar disso, mas estou tentando contribuir no que posso para que ele fique 100% logo.

Para os próximos meses a expectativa elevada está em cima do casamento de Huganita e meu aniversário de 25 ANOS. Além disso ainda planejamos fazer uma pequena reforma nos nossos móveis da casa e mudar algumas coisas para tornar ela ainda mais aconchegante e agora temos até uma SmartTV. Estou tentando conter toda a ansiedade e ir aprendendo a viver um dia de cada vez. Assim, talvez finalmente melhore minha recordação dos fatos e eu de fato desfrute de mais contentamento pela fase que estou vivendo hoje.

Os versículos que marcaram minha quarentena foram esses:

"Ah! Soberano Senhor, tu fizeste os céus e a terra pelo teu grande poder e por teu braço estendido. Nada é difícil demais para ti." Jeremias 32:17

"Quando os dias forem bons, aproveite-os bem; mas, quando forem ruins, considere: Deus fez tanto um quanto o outro, para evitar que o homem descubra qualquer coisa sobre o seu futuro." Eclesiastes 7:14

Seguimos orando para aumentar nossa confiança no Senhor, tanto para a provisão dos fatos que acontecerão em nossa vida quanto para a manutenção da nossa fé, pureza de coração e dedicação a Ele. A cada dia aprendo um pouco mais e também descubro o quão longe estou de uma fé madura, a qual estou buscando. Temos nutrido muitos sonhos quanto ao futuro e tentado coloca-los nas mãos de Deus cada vez mais intensamente.

Tentei abordar a maioria dos fatos que me lembro, mas certamente esqueci de muitos. 

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Retrospectiva 2019

(Novamente postando atrasado, mas juro que escrevi esse texto em 06/02/2020 - atrasado, mas nem tanto)

Cá estou eu há 1 mês e 3 dias que o ano acabou e por fins de efeito poderia dizer que o atraso para escrever é porque ainda estou digerindo todos os acontecimentos. (Não é, mas poderia ser)

 

2019 começou com eu já mais adaptada a vida de trabalhadora CLT, com bem mais destreza pra dirigir o carro, bem farmacêutica, crossfiteira e consideravelmente mais magra. Nos primeiros meses do ano atingi o menor peso da vida e no geral me senti bem com o meu corpo. Pode-se dizer que era por conta do casamento eminente, mas eu digo que era porque eu queria estar saudável + comida na casa dos pais sempre disponível (e “de graça”) + crossfit + queria estar bela no casamento (pra isso, até clareamento fiz!).

Os meses anteriores a abril foram apertando os cintos financeiramente pra ser possível o casamento acontecer, mas aproveitando cada minuto ainda morando com meus pais, teve pré-wedding em janeiro, chá de panela em fevereiro e casamento finalmente em Abril.

Queria dar um destaque especial ao dia do pré-wedding onde percebi que tinha contratado os fotógrafos mais maluquinhos, porém competentes desse Rildy, onde ficamos presos em Barra de Guaratiba sendo extorquidos por um Mototaxi.

 

CHÁ DE PANELA

O chá de panela só ficou atrás do casamento como dia divertido, alegre e onde me senti muito amada cercada por gente especial. Aliás, mais ou menos há um ano atrás ele aconteceu. Contei com a ajuda de minhas grandes amigas e madrinhas (Nath, Didi e Anita) e consegui fazer tudo da forma mais econômica e linda possível. Bem próximo a essa época também foi a vez de pegar a chave do apartamento do Recreio (02/02/19), uma sensação maravilhosa que espero nunca esquecer, na qual me senti tão próxima da vida adulta, da qualidade de vida, do sonho e tão grata a Deus por ter me concedido algo que eu considerava quase que impossível. Tudo isso aconteceu com muita intervenção divina, tocando o coração da corretora que nos ajudou e até dos pais do Iury que foram importantes para que tudo fosse aprovado. Foram gastos em cartório, visitas e muita fé para enfim entrarmos na nossa primeira casa.

 

O GRANDE DIA

 

Eu tenho memória de Dori e no momento estou com um pouco de preguiça de cavucar os sentimentos, mas o fato é que nunca antes na vida tinha vivenciado um mix tão grande de emoções positivas. Desde as horas prévias me arrumando no local com a leve ansiedade alegre, os minutos que antecederam a cerimônia onde só me restava a alegria e a ansiedade do “vamos casar logo!!”. No dia, receios por conta da chuva, mas absolutamente tudo se resolveu e foi na chuva mesmo! Sempre serei grata a Deus por nos ajudar na organização financeira e emocional que foram cruciais pra essa dia acontecer. Lá tive 99 pessoas que amo prestigiando o dia, uma festa animada, bem servida e uma cerimônia cheia de alívio e sensação de decisão certa. E meu amorzinho estava todo emocionado, tive que entrar pedindo pra ele não chorar ao som da nossa playlist quase toda nacional.

 

A VIAGEM

 

Nos 5 dias que se seguiram após o casamento, fomos ao Chile e vivemos nossa primeira viagem oficial casados e para fora do país!! Conseguimos nos organizar para baixar os custos (era necessário), cozinhamos no airbnb, tivemos experiências boas e ruins (La picada!) gastronômicas, dentro dessas teve Hard Rock Café pela primeira vez, Restaurante Giratório e Sky Costanera. Mas definitivamente o dia mais legal foi o que fomos ao Cajon del Maipo, passamos o dia pelos Andes e até mergulho em água termal teve! Thanks God os passeios no Chile não são tão caros quanto a comida! O airbnb que ficamos era pequeno, mas uma gracinha e amamos nossa casinha temporária onde experimentamos sex (inclusive a education!).

 

Por fim, o ano inteiro foi recheado de delicias pequenas, como poder trazer meu pai para conhecer meu trabalho e ser elogiada pelo diretor interino. Muito pelo qual ser grata! Até Coach rolou (que ideia!) para tentar resolver o desanimo com o trabalho, o qual é talvez o único ponto pesado de todo esse ano leve e gostoso. Foi maravilhoso cada momento que podemos receber nossos amigos em nossa casa, a qualidade de vida de viver próximo a praia, de consolidar mais a corrida e até poder ir a uma academia barata com meu marido! Passamos o ano nos deliciando na nossa casinha que amamos cada detalhe e tudo que a localização dela proporciona. Fomos padrinhos de Marcelli e Jean, fomos a Petropolis pra celebrar o casamento da Anne e Franklin (nossa primeira estadia em pousada juntos) e por incrível que pareça foi possível continuar nos organizando financeiramente, em alguns momentos com ajuda da renda extra da Nuvem.

 

Tivemos um natal especial com meus pais em minha casa, completando a alegria de ter uma casa e poder recebe-los. Inclusive eu fiz boa parte da nossa ótima ceia. No suspiro do fim do ano voltamos pro Crossfit (27/12) e 2020 nos espera!!

 

Fechamos o ano com um Reveillon na nossa casa!! Algo que eu gosto muito é receber amigos em casa (inclusive a parte de deixar a casa organizada e limpa pra isso), então, foi muito especial pra mim poder receber 8 pessoas (MarciJean, Frankanne, Maydete, Cadrigo) para o último dia do ano. Fizemos janta, culto, teve vinho e espumante, além de começar o primeiro dia do ano com cafézão em amigos e almoço. Como fizemos pra todo mundo dormir? O importante é que deu!! E foi muito divertido.

 

Por enquanto, 2019 está classificado como melhor ano da vida. Mas, o que dizer de 2020 que mal começou e já considero pacas?

 


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Retrospectiva 2018

(Postando atrasado, pois percebi que tinha escrito, mas não tinha postado. Foi escrito em 03/01/2019 em um e-mail aleatório durante umas férias coletivas)

Bom, acho que a cada ano as surpresas se superam ultimamente.
Sinto como se estivesse vivendo o auge da minha vida, já que estou no momento onde tudo está acontecendo.
Espero que esse auge não vá embora tão cedo e que quando for, eu saiba como recupera-lo. Sei que aos 23 é de fato quando as coisas começam a acontecer, as coisas pelas quais sempre nutri expectativa. Mas meu desejo é que depois que os 23 forem embora, eu saiba esperar por outras novidades e a vida continue sendo essa aventura que gosto de viver.
2018 foi desses anos extremamente marcantes.
O ano começou eu ainda era estagiária na Merck, onde fechei o ano anterior com uma ótima avaliação dos gestores da área galênica e iniciei o ano na área análitica com a sensação de estar fazendo as coisas certas. Logo o receio da nova rotina foi passando, mas com certeza o desânimo com as atividades que não me agradavam se manteve e foi continuando. Estive ao lado de pessoas agradáveis que foram importantes para passar por cada momento, como a Jéssica e vivi o interessante momento de ser mentorada pela Suzane. Com ela, pude me aperfeiçoar em Data integrity e inclusive dei um treinamento muito elogiado pela Regina e que se estendeu pela área galênica (onde não fiz tanto sucesso assim). Nessa caminhada, estreitei minha amizade com a Marcelli e o Jean, que hoje são meus padrinhos. E também evitei pessoas que traziam negatividade pra rotina.
Até junho desse ano, estive morando com o Daniel, onde engordei e comi muita besteira. Mas tenho certeza que aproveitei esse tempo de irmãos que não volta mais. Além disso, fui a Petropolis com Iury pra começar a sonhar e planejar o casamento que parecia tão distante.
Na reta final antes do casamento do Daniel, fui morar com uma menina Nana (e depois com seus irmãos, Karl e o pequeno), totalmente diferente de mim, mas que viveu momentos bem pesados no tempo que estive lá. Sai de lá com um mês devido aos acontecimentos que vieram na vida dela, mas também tenho certeza que sai no momento certo, pois não era pra ficar lá por muito tempo mesmo.
Nesse meio tempo comecei a tentar viver de forma mais saúdavel e engrenei firme no pilates com a ajuda do Gympass da Merck.
Então veio o casamento do Daniel que foi dia 15 de julho deste ano e foi ai que tivemos que aprender a viver com a parceria mais distante.
Na semana antes desse casamento, fui chamada para a entrevista na Abbott, algo que eu dedico à Deus 100%. Pois, isto surgiu de maneira sobrenatural. A entrevista aconteceu dia 13 de julho e eu entrei de férias no dia 16, tudo no mesmo intervalo do casamento do Daniel.
Antes disso, eu e Iury haviamos decidido que a melhor saída era voltar para a casa dos meus pais em Campo Grande e consertar o Gru para que eu pudesse ir trabalhar com ele. Nas férias fiz intensivo com Iury pra relembrar a direção e foi mais uma vitória desse ano louco, onde hoje em dia já consigo sair dirigindo sem problemas. Embora ainda tenha muito que praticar.
Em final de julho, fui para Belo Horizonte no Ourominas com meus pais e Iury durante nossas férias. E foi lá, na praça do Papa, depois de um dia de passeio, que ele ao me mostrar a Cruz fez o pedido tão esperado. Que momento! Veio choro e veio riso ao mesmo tempo, tentando entender o que tava acontecendo (embora já desconfiasse um pouquinho),
Depois disso, em 20 de agosto comecei na Abbott como analista jr no Centro técnico, na galênica. De fato começou meu primeiro emprego, a principio ficaria até 17 de dezembro, mas meu contrato foi renovado e agora eu fico até 2020. Pela Graça de Deus, toda apreensão já passou e os desafios ficaram. O que mais será que está por vir? Lutando dia a dia por inspiração e disposição para viver esse desafio doido.
Quanto ao noivado, fechamos nosso casamento para dia 14 de abril no sítio martins e esperamos que dê tudo certo. Tenho certeza  que escolhi uma ótima companhia para essa empreitada e juntos fizemos muitos avanços, fechamos fótografo, sítio, cerimonialista e chamamos os padrinhos queridos e o celebrante. Estamos organizando nosso chá e as fotos acontecerão em breve. Frio na barriga e força porque eu sei que agora vai! Os detalhes ainda não sabemos, mas sei que está sob a direção de Deus.
Nesse ano também aconteceu a sonhada defesa do TCC, antes disso, foi só a louca "escrevição" de TCC nas noites após o trabalho. Até hoje não sei como isso acabou e no final, foi até rápido. Agora, todos os créditos foram completos e só preciso aguardar os lançamentos de notas e colação.
Esse ano fiz curso de alemão no CLAC em dois semestres, no segundo com isenção por melhor nota. Depois que ingressei na Abbott, pude começar o espanhol online e no último mês, me juntei com a Anita no crossfit da guardiões (que estou amando!)
A decisão de ir morar com meus pais no fim foi muito acertada porque na Abbott tem van e facilitou meu transporte, além de que isso me permitiu viver com eles pela última (?) vez antes de casar e estou aproveitando ao máximo e relembrando como é bom ter esse suporte todo dia ao chegar em casa.

Retrospectiva 2017

Inicio o texto estando levemente orgulhosa de mim. Afinal, estou começando a digitar a retrospectiva ainda no dia 30 de dezembro, ou seja, estou quase não adiando esse hábito (Thanks!).


Esse ano de 2017 pode ser chamado principalmente de: cansativo e adaptativo.
O trabalho começou logo cedo, dia 09 já estava de pé para a rotina novamente. Isso só corroborou para a minha vontade 0 de trabalhar nessa vida (assunto para outra conversa, ok?). Nos primeiros três meses do ano eu estava de férias da faculdade, então, aproveitei pra investir no Pilates e foi uma experiência ótima! Senti minha coluna melhorar e embora seja bem caro, fez uma boa diferença e eu gostaria de implementa-lo no meu mundo real onde tempo existe.
Lá pra Maio é que a reviravolta começou, aconteceu exatamente o que eu queria e temia. Fui chamada para o estágio na Merck e tive que sair da FQM, onde já estava adaptada. Foi difícil dizer tchau, mas acho que fiz da melhor forma possível e consegui cativar as pessoas por lá, creio que os chocolates e bilhetes me ajudarão em um futuro nessa indústria.
Esse momento foi delicado porque embora a Merck seja o sonho dos estudantes de farmácia (mais pelo salário que benzadeus), eu aprendi esse ano que não gosto de mudanças e que sair da minha zona de conforto é dolorido e principalmente desconfortável. Não gosto desse desconforto, não gosto de não saber o que esperar, não gosto da incerteza e não gosto das coisas fugindo dos planos. Não gosto de não saber a hora que o ônibus passa quanto mais de aprender uma função toda nova. Engoli todos os desgostos, olhei os milhões de pontos positivos, agradeci a Deus e fui.
No meio tempo disso tudo, ainda estava me adaptando com a mudança de casa (mudança boa a gente logo começa a acostumar) e fui fazer o estágio da Clínica da Família, onde conheci pessoas bem docinhas Letícia e Dani que fizeram aquele tempo bem mais confortável. Quem diria que seria tão engraçado, não é mesmo?
Minha principal companhia e meu amorzinho esteve presente em cada detalhe desse texto e juntos vivemos um ano de muita ansiedade. Esse ano foi sem Gru, então nós dois seguimos contra o mundo tentando adiantar nosso plano de casar. Nesse interim, ele quase foi parar lá em SP e conseguiu um estágio diretamente do céu lá na TechnipFMC. Somos muito gratos por essa surpresa e por isso, estamos mais aliviados e ainda ansiosos pela possibilidade do casório sair. Agora tenho uma companhia mais trabalhadora, ocupada, cansada e continua meu amor.
Quanto a faculdade, consegui não surtar completamente com uma quantidade absurda de matérias e toda culpa é do Vini que fez minha grade e foi minha companhia no segundo semestre do ano. No primeiro semestre, a grade era tão bizarra que eu tinha que ir pra faculdade duas vezes no dia.
Daniel foi pra viagem de ouro e a Nathália Campos veio morar comigo, a experiência foi ótima e sei que consegui agregar coisas para o crescimento dela e isso funcionou quaaase que mutuamente. Claro que sempre tem as partes ruins, então acho que embora a amizade seja forte, pra mim seria muito ruim morar com alguém novamente porque o estresse das decisões e traços da pessoa não passam desapercebidos pelo meu coração.
Ao longo do ano planejei sozinha minha primeira viagem internacional com a família, fomos para NYC encontrar o Daniel. Minha definição sobre NYC é que ela é a cidade onde o mundo inteiro está e onde todas as pessoas deviam estar também. A viagem foi “adrenalina” como diz minha mãe, mas foi cansativa e extremamente trabalhosa pra mim. Isso me impediu de curtir como eu gostaria, mas a felicidade na cara dos velhos é impagável.
Segundo semestre de 2017 na faculdade também me reservou ter que fazer farmacinha e essa experiência por enquanto tem sido de ódio sem amor. Faltam poucos turnos para acabar e espero me livrar disso ASAP.
No fim de tudo isso, me adaptei as mudanças que o ano trouxe e recebi uma ótima avaliação no estágio na Merck (AA). Conheci minha mentora Fátima e meus amigos Marcelli, Fê e Jean em meio a muita carona e parceria. Só tenho a agradecer a Deus por ter me permitido estar aqui e estou contente de ter aceitado esse desafio. Agora, me sinto adaptada e contente por ter estado nessa empresa e estar deixando uma marca em um setor tão interessante que é a Galênica. As pessoas no geral foram doces e o trabalho intercalando entre pesado e leve demais.
Agora, para 2018 restam muitas incertezas, pois Daniel irá se casar e não sei onde vou morar. Espero também que seja o ano da minha formatura e o emprego é 100% incerto, assim como o noivado tão esperado. Permaneço então na incerteza do que virá e aguardando ansiosamente pelas cenas dos próximos capítulos.