sábado, 31 de dezembro de 2011

Retrospectiva 2011

Estava eu a me questionar se começaria a escrever minha retrospectiva 2011 em 2011 ou em 2012. Decidi por escrever agora, ainda em 2011, pra que eu me sinta seguindo uma pseudo-tradição já que fiz isso ano passado também.
2011 teve um  início incrível e talvez por isso se torne um ano inesquecível, fiz bom proveito de cada segundo de férias que tive e vivi experiências novas e surpreendentes. Chorei no dia 30 de Janeiro, chorei em lembrar que aquele ensolarado e aventureiro Janeiro estava no fim e chorei pensando que o que me aguardava durante o resto dos dias deste ano só poderia ser mais ensolarado e aventureiro ainda... errado. Estava profundamente imersa na enganação. Aquele Janeiro ficará para história e por ele é que eu não me permito dizer que 2011 foi um ano ruim, até porque quem sou eu pra definir se um ano foi bom ou ruim apenas no auge dos meus meros 16 anos? 2011 foi a continuação ruim de um filme bom, aquele seu filme preferido que a continuação dele te decepciona lindamente, mas você não pode dizer que não gosta do filme. 

Nesse ano, eu consegui estudar e me dedicar como nunca antes tinha feito e me surpreendi. Mantive o sorriso em momentos que eu poderia jurar que isso era impossível e fiz amigos. É, fiz muitos amigos. Amigos vascaínos, a propósito. Conheci todos os extremos que a amizade nos carrega ou pelo menos penso que sim.
Me machuquei, ah, isso eu fiz como mestre, fiz com excelência. Me machuquei com quem sempre me machuca e com quem nunca pensei que fosse me machucar. Quando falo de machucados, uma situação me vem a mente e me faz esquecer de todas as outras possíveis feridas que eu possa ter formado. Logo, essa retrospectiva não ficará tão fiel nesse quesito porque no fundo só estarei falando de um machucado. Machucado bem fundo. Perdi o ar, gastei todas as lágrimas, perdi a fome, senti dores, desmaiei de tanto imaginar. Imaginei os dois, imaginei nós dois, imaginei por todos nós e por mais alguns também. Viajei por um tempo dentro de mim mesma, decidi podar cuidadosamente o meu jardim e fiz isso com calma e quase fiz um bom trabalho.
Em 2011, eu morri de fome, sonhei acordada, fui a lua, beijei, abracei, corri por ruas desconhecidas, ouvi e falei. Ouvi as músicas como quem apreciava o melhor prato do melhor cheff, usei as músicas pra guardar os momentos e pra me lembrar de pessoas. Eu beijei a vida, beijei as paredes e os postes esperando que eles me dissessem por onde ir. Deixei o meu melhor beijo ainda em 2010, mas tive os melhores momentos. Andei ainda ao lado de Deus e Ele conversou comigo como um amigo conversa com sua amiga e isso foi incrível.
Eu fiquei com vontade e aumentei o meu controle. Fiz o que tive vontade alguns momentos e em outros eu fiquei na vontade e até a vontade. Perdi a vontade.
Torci, chorei, me decepcionei, fui aos jogos, perdi a voz, perdi as lágrimas, os xingamentos, as declarações de amor... perdi tudo e doei tudo ao Botafogo e não me arrependo, conheci novos alvinegros, novas motivações e fui aos piores jogos e deixei de ir nos melhores.
Conheci a inocência de perto e vi o quanto isso é precioso e importante pra mim, guardei esses e isso 2011 fez direitinho. Abracei a inocência e quero ela sempre comigo. Me senti acolhida e segura mesmo que desconhecida. Fui amada sem ser conhecida de verdade, é, você me amou mas você nunca soube quem eu sou. Guardei isto.
Na chuva, no banco, na rua, no calor, no ônibus, no shopping, no trem... na vida.
2011 me trouxe algumas surpresas... ruins. E outras também... ruins. Outras ainda, piores. Mas, uma coisa boa 2011 me trouxe: 2012. Ok, nem serei tão reclamona assim... 2011 me trouxe conhecimento maior de mim, de Deus, de antigos amigos e de novos amigos. Vejamos só, já estamos com um pé em 2012.
Uma palavra pra 2011: CONHECIMENTO.
E QUE VENHA 2012! Estou ansiosamente esperando por você com um sorriso no rosto.