segunda-feira, 18 de julho de 2011

Mesmo que não pareça.

Só hoje eu reparei que tudo que eu escrevo aqui parece muito triste, muito insatisfeito. Deve ser porque eu realmente só tenho escrito sobre o que me deixa triste ou o que não é muito bom, mas eu lembro muito bem que quando comecei a escrever aqui o meu pensamento era totalmente diferente. Eu tinha mais disposição de dedilhar o teclado em busca de uma inspiração e tinha mais vontade de falar sobre o que eu realmente achava bom e interessante, mas não me preocupo muito com isso. Não me preocupo porque acredito que assim como os jogos de videogame, escrever também passa por fases. Fases que vem junto com as fases da vida.
Comecei tudo isso só pra dizer que não sou feita das coisas que não gosto e não são elas as que eu mais dou importância, na verdade eu sou feita do que amo e acredito. Então, talvez diferente do que pareça aqui, eu sou muito feliz. Sou muito feliz com as minhas partes ruins e as minhas partes boas e sou alegre por tudo o que Deus faz por mim e a minha vida não é uma merda. Minha vida não é chata também, mesmo com a preguiça e com as minhas feridas, eu realmente me importo em não permitir que tudo se transforme em algo chato e foi assim que eu decidi viver desde que sai do útero da minha mãe. Nasci para seguir o que eu acredito e mesmo que a felicidade não seja constante, monótona e previsível é justamente o contrário do que eu desejo seja a minha vida. Já que a vida é feita de nossas escolhas, eu escolho ser feliz.
Mesmo que esse texto não esteja fazendo muito sentido e a foto menos ainda, eu realmente não me importo.

P R E G U I Ç A

Há 2 segundos atrás eu estava imersa na preguiça de começar a escrever esse texto. Eu realmente acho que sofro de sérios problemas com relação a isso, ultimamente tenho andado com preguiça de ter preguiça. Acordo de manhã com preguiça de abrir olho e continuo com eles fechados até ficar com preguiça demais de força-los a se manterem fechados e os abro, depois só levanto quando estou com muita preguiça de permanecer deitada. É sério. Tenho preguiça de me importar com as coisas e sempre quando me dou conta que perdi alguém ou algo, eu me faço lembrar das vezes que tive preguiça de guardar no lugar certo, preguiça de ligar pra ver se estava tudo bem, de sair de casa pra encontrar ou sair da cama e procurar. Tento não gostar muito de nada para não ser obrigada a lutar contra a minha preguiça e ter que sofrer as consequências disso. Por isso eu sou assim cheia de vontades, cheia de desejos que não se concretizaram, eu acumulo minhas vontades que não foram grandes o suficiente para superar a minha preguiça. Tenho vontade de comprar algumas coisas, mas tenho preguiça de me esforçar para consegui-las. Queria fazer intercambio, ser mais amável e demonstrar mais o meu amor. Vontade de aprender francês e turco, de sair mais, de te ver mais e ler mais. Adoraria dizer para as pessoas que me irritam o quanto elas me irritam, decorar melhor o meu quarto e fazer novos amigos. Contudo, a preguiça me faz querer chamar os meus velhos amigos para a minha casa por preguiça de conhecer novas pessoas e de sair de casa. Ela me faz nem estudar pro inglês e nem me aplicar em outras línguas, me faz deixar o meu quarto como está e nunca conseguir te ver. Me faz ter só o que a minha mãe compra e permanecer sempre com as velhas coisas. Nunca falo o que me irrita em algumas pessoas porque tenho preguiça de me importar o suficiente e talvez por isso não seja também tão amável com quem eu amo. Não leio tanto quanto eu quero, não me aplico tanto em fazer algo que eu gosto e talvez só esteja escrevendo ainda por preguiça de terminar o texto. A parte mais controversa disso tudo é que só quando saio da minha "zona da preguiça feliz" e vou fazer algo que eu realmente quero é que sou mais feliz, ou seja, eu sei que se eu martelar a minha preguiça e tranca-la dentro de uma caixa e for atrás das minhas vontades eu vou me divertir mais e me sentir melhor, mas não é assim que funciona. Na minha pequena cabeça, a vontade só é grande o suficiente quando é maior do que a minha preguiça e acredite que há algumas coisas que já ganharam da minha preguiça sem nem precisar entrar na luta, então eu concluo dizendo que a minha querida preguiça é muito grande, mas não grande o suficiente para que não possa ser superada.