segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Retrospectiva 2016

Há uns dias iniciamos (eu e o mundo)  o nosso 2017, fiquei me impulsionando a sentar de frente pra essa tela e escrever sobre meu ano velho. Não consegui, sabe por que? Não fazia sentido, pensei. "Vamos deixar pra lá esse ano todo e toda essa palhaçada de "escrevimento"" era o que alguma parte de mim dizia pra mim mesma sem que eu ouvisse. Criei forças e voltei pra esse lugar.
Sinceramente, genial. Toda essa ideia da escrita e de pôr em palavras o que penso e, nesse caso, o que vivi e tudo fez todo sentido. Eu devia voltar a fazer isso, vou tentar, tá?

2016 começou risonho, meu primeiro ano namorando e com ele todas as experiencias novas iam me laçando e me comovendo até se tornarem comuns. Passeios a dois, beijos carinhosos, dias sorridentes, noites em slow motion, mãos dadas pela rua, tardes em família... Tudo isso que era tão estranho à mim. Foi bem incrível, ok? Completei um ano de namoro e pretendo que esse serzinho que me faz sorrir quando leio essas histórias velhas sobre amores meia boca seja o tal cara que eu quero. Seja o tal cara que me quer. Seja o tal cara sobre o qual falavamos e falei ao longo dos meus 19 anos até encontra-lo.
Fomos a hotéis na praia do Rio, fomos a Paraty logo no inicio do ano e foi um momento bem especialmente delicioso com a família completa. Andamos de Gru (Palio azul marinho no maior estilo maneirão) por boa parte desse Rio até quando ele resolveu dormir em uma noite na Ponte Rio-Niterói. Foram muitas idas e vindas de CG e VP, algumas noites sentados nos bancos com casquinha de pele também. 
Quis começar falando por aí porque quero lembrar que esse ano foi ruim sim (não adianta fingir), mas não foi por estar mal acompanhada. Definitivamente não. O peso é pouco, mas no meu coração é medido em tonelada.
Pausa pra dormir, já termino de contar.
Voltei.
Logo após a viagem de carnaval, comecei a sofrer de dermatite intensa. Com isso, vieram as muitas pesquisas, idas ao médicos, corticoides e desesperos. Percebi que teria que passar pela temida: TSW. Retirei todos os corticoides e apesar de algumas recaídas e de muita encrenca com os médicos, fui passando pela pior época da minha pele até agora. Muita dor, pensamentos sempre voltavam em desistir e cessar o derramamento de sangue próprio. Minha pele clamando por um cessar fogo e desejando um oásis de corticóide.
A reviravolta da minha historinha veio junto com o tão pedido estágio na indústria, depois de algumas entrevistas mal sucedidas e até mesmo de chegar a última fase da Merck, comecei na Farmoquímica. Enfim, meu maior dinheirinho mais conquistado. O ambiente é ótimo, mas ter a obrigação de ir pra lá todos os dias está começando a me corroer. No inicio, o agradecimento era tanto que era dificil sentir a parte ruim. Agora, quasse 5 meses depois e eu só penso em dormir mais um pouco, trabalhar menos e ficar em casa. Mas, glorifico a Deus por ter me dado essa oportunity. Junto com a FQM conheci a Doutora Clarissa que me encaminhou para o Hospital de Bonsucesso e agora estou fazendo tratamento com imunosupressores orais e na prática, livre dos efeitos tão sofridos da TSW. (Dei um sorriso agradecido agora)
E lá se foram três longos períodos na faculdade em 1 ano, o último em especial ainda mais puxado por ter sido somado ao estágio e estudando a noite.
Quanto a casa que eu fui acolhida, vivi aflições e agonias demais para suportar mais um mês se quer por lá. Lidei com a possessividade, imaturidade, falta de sensibilidade e o cansaço inerente a convivência com alguém que não é da sua familia. Aprendi muitas coisas, mas não posso dizer que as noites desejando não voltar pra lá valeram a pena toda, talvez metade dela. Foram noites desejando estar sozinha em casa, engolindo sapos, se chateando sozinha, me esforçando pra agradar, deixando bilhetes, sendo amável e puxa, muitos momentos desejando que isso acabasse. Mas, Ele é bom e guiou tudo.
Agora, estou morando desde início de dezembro com o Daniel e com certeza não tá sendo o melhor dos mundos, mas sinto que tenho um canto mais meu, fora que a Ilha é só amor. Junto com tudo que sinto que é mais "meu" veio as "mais minhas" responsabilidades, limpeza da casa, preparação de comida e coisas não tão agradáveis.
Enfim, pontuei o que achei interessante, mas com certeza vivi e senti uma infinidade de outras coisas. Fui madrinha de uma grande amiga, fui namorada, fui filha, fui hóspede em um lugar que pagava a conta, fui irmã (aliás, Daniel se formou), estagiária e praticamente vivi ausente do Alfa e Ômega esse ano por falta de tempo somada a falta de vontade mesmo. Fui ciclista, aluna, dedicada, andadora-de-transporte-público-a-noite-sem-medo e fiz 21 com direito a surpresinha, vista chinesa, torta mais deliciosa do mundo e o melhor amor pra se ter de namorado.

Versículo do ano:
"Mas quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos contribuir tão generosamente como fizemos? Tudo vem de ti, e nós apenas te damos o que vem das tuas mãos."1 Crônicas 29:14

Nenhum comentário:

Postar um comentário