domingo, 27 de março de 2011

Non-sense. Dadaísmo

Café onde surgiu o Dadaísmo.


Eu sei o quanto pode parecer antiquado, fora de moda ou como preferir. Sim, estou aqui falando sobre um movimento artístico. O dadaísmo marca o início do non-sense, onde os seus adeptos produziam obras de arte sem nenhum equilíbrio, sem combinação e sem sentido. A falta de bom-senso foi o que levou-me a ser uma amante desse estilo. O que me falta de potencial artístico me sobra de vontade e de apreço pela arte em si. Sim, estou falando de poemas, quadros, esculturas e afins. Faço parte do lado sonhador da sociedade, eu pretendo um dia sair para uma viagem a fim de apenas tirar fotos e mais fotos e se possível integrar tais fotos ao lado dadaísta da força. Serão fotos portanto sem nenhum sentido, aquele tipo de coisa que não precisa de explicação. É exatamente assim que eu me vejo, completamente no-sense e que mal tem? Que mal tem se nem você mesmo se entende? Minhas falas as vezes soam como aleatórias, sem porquê e eu realmente não ligo, talvez um dia eu ligue e comece a andar por aí discursando como uma pessoa sensata, se é que existe pessoas sensatas porque eu realmente não acredito. Acredito que todos façam parte de uma história louca em que eles próprios são os protagonistas e ao mesmo tempo os antagonistas e isso acontece só nas nossas mentes. Ah, e claro que deve haver quem finja ser "normal" e quem vive a vida escola-casa-internet-namorado-amiga-shopping e se ache super complexa. Pelo amor, seria muito mais produtivo se vivessemos cercados de pessoas que viajam dentro de si e não precisem fingir ser alternativos ou diferentes já que todos nós já somos. Espero que um dia eu viva em um lugar sem mais coloridos, emos, pseudopunks, cocótas, playssons e essas coisas que gritam por aí que são diferentes, mas, no fundo o que eles fazem só os tornam mais iguais, coisa que não são. 
Enfim, no fundo eu só estou procurando palavras menos diretas para dizer que não procuro fazer sentido e nem pretendo, é muito digno ser assim. Me construo várias vezes e sempre de uma forma diferente, vivo várias fases e no fundo elas são todas iguais e representam o mesmo. Sou mil personagens e não deixo de somente eu mesma. Cada pessoa desperta em mim uma parte de mim, ninguém me conhece por inteiro, nem eu acredito que um dia irei me decifrar. O bom disso tudo é cada dia poder ser você mesmo de uma forma inteiramente diferente.




''Eu redijo um manifesto e não quero nada, eu digo portanto certas coisas e sou por princípios contra manifestos (...). Eu redijo este manifesto para mostrar que é possível fazer as ações opostas simultaneamente, numa única fresca respiração; sou contra a ação pela contínua contradição, pela afirmação também, eu não sou nem para nem contra e não explico por que odeio o bom-senso." Tristan Tzara


 "A obra de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque a beleza está morta". Tzara


P.s: Tristan Tzara, O cara do dadaísmo.

Um comentário:

  1. Muito bom (não falo só pra agradar), muito bom mesmo, e respondendo sua pergunta, não, não ficou parecendo um trabalho escolar xD.

    Bom, sobre o texto em si, meu único comentário é que, na minha opinião é bom que as vezes as coisas não façam sentido, a própria natureza de vez em quando parece não fazer sentido, então, por quê tudo tem de ter um sentido? Talvez as coisas sem sentido possam representar até muito mais do que as coisas com sentido, visto o número de interpretações que cada uma pode causar, o número de dúvidas, questionamentos.

    Bom, essa é minha opinião boba e talvez sem sentido, não escrevi procurando sentido, é mais legal escrever o que dá na cabeça, não sei, parece mais sincero.

    2 mols de bjoss =*

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    ''A mente que se abre a uma nova idéia, jamais retorna à seu tamanho original''
    Albert Einstein

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